Ao Deus dará
Usada para representar alguém que está entregue à própria sorte, a expressão “ao Deus dará” tem sua origem por volta do século XVII. Nessa época, o abastecimento de soldados em Recife recebia grande ajuda do comerciante Manuel Álvares. Mas sempre que os recursos ficavam escassos, ele dizia “deus dará”. Depois disso a expressão foi se popularizando, passando a ser usada por pessoas ao serem abordadas por mendigos e chegando no significado que possui hoje.
É assim que está a população de Guaxupé, entregue a própria sorte. Esta semana a cidade ficou assustada com o caso do ônibus circular que pegou fogo. A Prefeitura Municipal nem se quer emitiu algum comunicado se haveria algum tipo de fiscalização ou averiguação em relação aos veículos junto com a empresa responsável. A situação dos ônibus não é de hoje questionada. Suspostamente o incêndio teria começado no motor do veículo. Será que os usuários estão seguros andando nestes ônibus que pelo jeito não tem manutenção?
Não é de hoje que o Noticiantes aborda a situação de abandono do transporte público, assim como os vereadores falam constantemente nas sessões camarárias. Só há reclamações por parte dos usuários. Seja na relação da péssima situação dos carros ou na demora de espera. Somando todos os problemas é o suficiente para mostrar a precariedade do serviço. A frota é sucateada.
Mesmo com tantas queixas a prefeitura de Guaxupé mantém o contrato, pasmem, através de recurso federal, o Município subsidiou este a empresa TUGA com R$ 797.480,86. O poder público sucateia o serviço público, e os mais pobres, que não têm condições financeiras de arcar com os custos, conformam-se com as condições que os ônibus da frota oferecem, já que não tem para onde correr. É um serviço essencial. Será que a equipe do Doutor está preocupada em saber onde foi investido esse dinheiro? Ou deram de bandeja para financiar o serviço porco prestado?
Por falar em abandono, nesta edição você também mais uma vez a reclamação de um vereador a respeito das áreas de lazer dos bairros periféricos. Como sempre as comunidades longe do centro sofrem com a falta de empatia do poder público. Sempre esquecidos pelo Doutor e companhia. E ainda tem aqueles, que fazem parte do conchavo, batendo no peito para defender a atual administração.
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