Arceburgo pretende decretar calamidade pública após ser atingida por tempestade; há famílias desabrigadas

A intensidade da chuva afetou as áreas mais baixas da cidade, como os bairros Várzea e Centenário, que ficaram alagados. Várias residências também foram inundadas devido ao acúmulo de água.

Arceburgo pretende decretar calamidade pública após ser atingida por tempestade; há famílias desabrigadas
Ruas dos bairros Centenário e Várzea foram inundadas - Foto: Redes Sociais

Uma forte tempestade atingiu Arceburgo no final da tarde deste domingo (27), provocando sérios transtornos e inundações em diversos pontos da cidade. Segundo a prefeitura, em menos de uma hora, choveu cerca de 100 mm, volume esperado para todo o mês. A intensidade da chuva afetou as áreas mais baixas da cidade, como os bairros Várzea e Centenário, que ficaram alagados. Várias residências também foram inundadas devido ao acúmulo de água.

A Paróquia de São João Batista teve de suspender a missa da noite após a Igreja Matriz também ser afetada. A chuva acumulada sobrecarregou as calhas, provocando o alagamento no interior da igreja.

A Prefeitura de Arceburgo, junto à Defesa Civil, mobilizou-se rapidamente para prestar apoio às famílias afetadas e iniciar a limpeza das ruas, que ficaram cobertas por lama e detritos trazidos pela enxurrada. Cerca de 40 casas foram diretamente impactadas pela tempestade, sendo que três residências apresentaram danos mais graves, devido ao nível elevado da água no interior dos imóveis. As famílias dessas casas foram temporariamente abrigadas no único hotel da cidade, com apoio de colchões e demais itens essenciais oferecidos pela prefeitura.

A população local também demonstrou solidariedade, auxiliando com mantimentos, cobertores e outros itens para os desabrigados. Em resposta imediata ao temporal, a Defesa Civil atuou na evacuação de moradores, na limpeza de bueiros e vias, visando prevenir novos alagamentos, uma vez que há previsão de mais chuvas para os próximos dias.

O secretário de Obras e Serviços Urbanos, que também atua como chefe da Defesa Civil, coordenou os esforços com a equipe de assistência social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). A equipe está realizando um mutirão para avaliar os danos junto às famílias e levantar as necessidades urgentes. Esse levantamento será essencial para um possível decreto de calamidade pública, permitindo que o município acesse recursos estaduais destinados a situações de emergência.

O volume de água acumulado foi exacerbado pela saturação do solo devido às chuvas dos dias anteriores. Segundo dados da prefeitura, o temporal durou cerca de 40 minutos e acumulou 93 mm de precipitação, algo considerado atípico para a região. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades locais.