Cidadão usa Tribuna Popular para rebater correspondência recebida pela Câmara

Giovane Soares de Oliveira Francisco, um dos organizadores do Movimento LGBTQIA+ de Guaxupé, solicitou o uso da Tribuna para ler uma Nota de Repúdio a uma correspondência recebida pela Câmara na sessão do dia 11 de setembro, que pediu que os vereadores da cidade elaborassem uma lei para proibir a realização da Parada LGBT.

Cidadão usa Tribuna Popular para rebater correspondência recebida pela Câmara
Giovane Soares, organizador do evento - Foto: Divulgação

A Tribuna Popular da Câmara de Guaxupé recebeu, durante a 16º Sessão Ordinária, nessa segunda-feira (09), o cidadão Giovane Soares de Oliveira Francisco. Ele é um dos organizadores do Movimento LGBTQIA+ de Guaxupé. Giovane solicitou o uso da Tribuna para ler uma Nota de Repúdio a uma correspondência recebida pela Câmara na sessão do dia 11 de setembro, que pediu que os vereadores da cidade elaborassem uma lei para proibir a realização da Parada LGBT.

Em seu discurso, Giovane ressaltou os artigos 5º da Constituição Brasileira e nº 20 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

“Portanto pedimos a essa Egrégia Casa Legislativa e aos nossos nobres vereadores e vereadora aceitem essa Nota de Repúdio e possam se unir a nós no combate à homofobia e transfobia para que possamos juntos ter uma cidade de inclusão, com mais respeito e qualidade de vida melhor para todos com base numa cultura de paz e respeito”, disse o representante.

Giovane ainda garantiu, na tribuna, que a parada, que acontece no próximo dia 12 de novembro, será feita de forma pacífica e respeitosa.

“Eu sei que tem alguns vereadores evangélicos aqui. Vocês podem ter certeza absoluta, que eu, como presidente do Movimento LGBT, eu jamais, jamais, vou permitir qualquer coisa que escandalize o evangélico. Eu tenho princípios, a minha família é evangélica e eu jamais vou permitir isso”, ressaltou o cidadão.

O presidente da Câmara, Danilo Martins, reafirmou o papel da Câmara como espaço democrático. “Essa Casa vai ouvir a todos. Aqueles que aderem, ou não a um movimento. Essa é a democracia. E eu acho que não tem lugar melhor que essa Casa para representar essa pluralidade”, finalizou o presidente.