Desmoralização com dinheiro público

Desmoralização com dinheiro público

Em fevereiro deste ano foi divulgada a pesquisa Mapa da Riqueza desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas mostrou que a renda média da população de Guaxupé é de R$ 1.298,95. Com esse valor, os guaxupeanos pagam as contas com aluguel, água, luz entre outros tributos. Um dinheiro suado, dividido cada centavo. Provavelmente, grande parte destas pessoas tiram leite de pedra. É inimaginável gastar mais de R$ 1.600 com comida em apenas três dias. Pasmem, isso foi gasto pelo prefeito de Guaxupé e seu secretário de Governo.

Sabemos que gastos são necessários, mas, como disse a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher: “Não existe essa coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos”. Uma parcela dos recursos é proveniente da mesa das famílias guaxupeanas, e, por isso, é necessário ser utilizado de forma respeitosa e consciente por nossos administradores, mas, pelo visto não é o que vem acontecendo.

A falta de moralidade impacta na vida de toda a sociedade. A arrecadação de tributos, pagos por todos, devem custear os gastos na manutenção dos serviços e obras em favor da coletividade. Pelo visto os administradores de Guaxupé torram seus salários com comida, ou será por ser dinheiro público se aproveitam para esbanjar? Mesmo lícito, falar que tudo isso gasto é investimento, é um verdadeiro tapa na cara do guaxupeano.

Por exemplo, caso o prefeito gaste o mesmo valor que utilizado dos cofres públicos durante a viagem para Brasília para comer, em 30 dias seu salário de Chefe do Executivo não seria suficiente. Infelizmente, só se sente o aperto quando sai do próprio bolso. Enquanto nossos administradores esbanjam, falta medicamento na farmácia popular, falta atenção aos bairros periféricos, falta manutenção de pontes e áreas de lazer. Os mais fracos sempre se ferram.

Descarado fato de gasto desmoralizado, sem escrúpulos. Mas um ato onde mostra que o prefeito não conhece seu povo, suas necessidades, sua realidade. Político não tem que ter mordomia, nem privilégios. Ele assume um posto para trabalhar pelo povo e ter no mínimo bom senso quando utilizar, mesmo que seja dentro da lei, os suados centavos dos trabalhadores.