Unidade de Saúde recém-inaugurada sofre com problemas estruturais em Guaxupé; vereadores exigem soluções na saúde pública municipal
A equipe do Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Ouro Verde, foi surpreendida dentro da unidade com uma grande quantidade de água que descia pelo teto. O incidente aconteceu na noite de segunda-feira (20), quando os funcionários realizavam um evento em comemoração ao Dia da Consciência Negra. O posto de saúde foi inaugurado em outubro deste ano e já apresenta problemas estruturais.
A equipe do Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Ouro Verde, em Guaxupé, foi surpreendida dentro da unidade com uma grande quantidade de água que descia pelo teto. O incidente aconteceu na noite de segunda-feira (20), quando os funcionários realizavam um evento em comemoração ao Dia da Consciência Negra. O posto de saúde foi inaugurado em outubro deste ano e já apresenta problemas estruturais.
O evento, que foi transferido às pressas para a sede da Associação Pró-Carente, promoveu uma roda de conversa com profissionais da saúde e educação. O encontro teve como propósito abordar a importância da representatividade na esfera da saúde, discutindo políticas públicas destinadas a garantir o acesso equitativo aos serviços de saúde para a comunidade negra. Além disso, foi uma oportunidade para sensibilizar as crianças sobre o Dia da Consciência Negra e comemorar essa significativa data, abordando questões como o racismo e suas implicações.
O grande volume de chuva que atingiu a cidade naquele momento acabou mostrando o problema estrutural do prédio. Vídeos nas redes sociais mostram água caindo pelas lâmpadas. O chão ficou completamente alagado.
A obra da unidade de saúde foi anunciada em maio de 2020, com valor inicial de R$ 617 mil, visando atender a população dos bairros Ouro Verde, Jardim Limoeiro, Vale Verde e Chácaras Bom Jardim. A previsão de conclusão foi de 10 meses, mas, foi somente entregue mais de três anos depois.
Água da chuva caiu pelo teto e alagou o chão da unidade - Foto: Reprodução/Portal da Cidade
Segundo informações da Prefeitura, duas empresas estiveram envolvidas na construção do ESF. A M80 Projetos E Construções Eireli foi a primeira empresa contratada, tendo recebido um montante de recursos totalizando R$523.469,19 entre os anos de 2020 e 2022. Seu escopo incluía a construção do telhado, contudo, a empresa já foi alvo de multas e o caso encontra-se em processo judicial, conforme comunicado pelo Poder Executivo.
A finalização da obra ficou a cargo da MAJ CONSTRUTORA LTDA, que recebeu um total de R$317.399,94. Esta empresa também foi notificada pela Prefeitura devido a problemas identificados na estrutura do prédio.
A prefeitura de Guaxupé informou por meio das redes sociais que irá notificar a empresa responsável, já que a obra ainda está dentro da garantia de cinco anos.
Reclamações do Legislativo
O presidente da Câmara de Guaxupé, Danilo Martins, utilizou a tribuna durante o pequeno expediente na 18ª Sessão Legislativa Ordinária, para falar sobre a situação das mães que precisam de atendimento neuropediátrico para seus filhos e não encontram esse serviço na cidade. Ele relatou o caso de uma mãe que procurou sua ajuda, pois o médico do município diagnosticou seu filho com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e recomendou que ela buscasse um especialista em neurologia infantil. No entanto, a mãe não conseguiu marcar uma consulta com um neuropediatra.
Danilo disse que fez um ofício à Secretaria de Saúde solicitando uma solução para o problema, mas não obteve resposta concreta. Ele cobrou uma posição da Secretaria da saúde e disse que fez perguntas sobre o município ter ou não ter o neuropediatra.
"O meu filho foi diagnosticado já com TDAH, e quem deu o diagnóstico foi um neurologista, não foi neuropediatra, então, o que eu quero dizer com isso, se não há um neuropediatra, se não há uma solução paliativa para gente atender essa mãe que está preocupada, porque, de repente, o filho precisa ser medicado, existem casos que precisam ser medicados, enfim, não sou eu que vou dizer isso, e foi o médico do município, o médico do município está mal orientado? Está encaminhando as pessoas para um médico que não existe? Tem como buscar esse serviço fora? A demanda é alta, baixa, tem como credenciar? Justifica contratar? Eu quero uma resposta, essa mãe precisa de uma resposta.", argumentou Danilo.
O Presidente irá tomar providências para que, se não houver o profissional necessário para casos como esse, a situação seja solucionada.
Já o vereador Marcelo Araújo usou a Tribuna durante o pequeno expediente para falar sobre os trabalhos da Comissão de Saúde da Câmara. O vereador ainda usou o espaço para chamar a atenção da Santa Casa de Misericórdia de Guaxupé, aproveitando a presença do Superintendente do hospital.
“Hoje eu tive uma tristeza imensa com a Santa Casa. Hoje a filantropia deveria prevalecer. (...) A Santa Casa está fazendo algumas (cirurgias de) Cataratas. Sabe quanto custo uma cirurgia de Catarata na tabela SUS? 700 e poucos reais. Sabe quanto custa no particular, que está sendo comprado? R$1.078. Sabe quanto a Santa Casa está cobrando por essas cirurgias? R$ 2 mil. Tem alguma coisa errada.”, disse Marcelo.
O vereador, que é presidente da Comissão Especial das Cirurgias Eletivas, afirmou que quanto às essas cirurgias, a fila está avançando, mas algumas especialidades estão com atraso no cronograma, como a cirurgias de vesícula.
“Em Guaranésia foi feito o mutirão de cirurgias de vesícula e aqui para a Santa Casa também foi solicitado através de mutirão, praticamente a custo zero, o cirurgião ia vir de Alfenas, e a Santa Casa não autorizou”, pontuou o vereador.
Marcelo ainda afirmou o desejo de realizar uma reunião da Comissão de Saúde da Câmara com a presença do Conselho Municipal de Saúde, Secretaria de Saúde e Santa Casa para debater a atuação da entidade.
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