IF Sul de Minas de Muzambinho adere à greve nacional da educação federal
A decisão foi motivada pela insatisfação com a contraproposta apresentada pelo Governo Federal, considerada insuficiente para atender às demandas da categoria.
Em assembleia realizada em 17 de abril, servidores do Instituto Federal do Sul de Minas (IF Sul de Minas) de Muzambinho juntamente com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) decidiram aderir à Greve Nacional da Educação Federal, que teve início no dia 22 de abril. A decisão foi motivada pela insatisfação com a contraproposta apresentada pelo Governo Federal, considerada insuficiente para atender às demandas da categoria.
De acordo com o sindicato, a proposta governamental não contempla a reestruturação dos Planos de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), e do Ensino Básico Federal (EBF), além de não prever recomposição salarial para 2024. O recurso financeiro oferecido para implementação em 2025 e 2026 foi julgado insuficiente. A proposta governamental também não apresentou orçamento novo e exclusivo para docentes e técnico-administrativos.
Outro ponto levantado pelo SINASEFE é a ausência de uma lei específica para revisão geral da remuneração dos servidores públicos, como determina o artigo 37, inciso X, da Constituição Federal. Segundo o sindicato, a não concessão da revisão anual e geral causa prejuízos aos trabalhadores, como perda salarial por causa da inflação, além de uma postura desrespeitosa para com as entidades representativas do setor da educação federal, que possuem um dos piores pisos salariais do serviço público.
O sindicato destaca que manterá os serviços essenciais e inadiáveis para a comunidade durante a greve. Além disso, o SINASEFE afirma que haverá negociação para a reposição do trabalho acumulado durante o período de paralisação, conforme sempre ocorreu em situações anteriores.
Os servidores reivindicam não só a reestruturação de carreira e a recomposição salarial, mas também a revogação de normas aprovadas pelos governos anteriores que prejudicam os servidores e a educação federal. A greve é vista pelo sindicato como uma forma de exercer um direito legal, dado o impasse nas negociações e a falta de avanço na pauta de reivindicações.
A comunidade local e os estudantes do campus Muzambinho devem ficar atentos ao desenrolar das negociações para acompanhar o impacto da greve nos serviços e atividades acadêmicas.
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