É fogo!

É fogo!

Neste período do ano de estiagem no qual vivenciamos, basta olhar ao horizonte e notar que o verde some, o tom esfumaçado cobre os céus... tudo isso devido ao tempo seco que tira a cor da vegetação e às ocorrências de incêndios que destroem a fauna e a flora por onde o fogo queima. Claro, com o clima seco, a qualidade do ar piora naturalmente e a fumaça acentua ainda mais a situação.

Poucas semanas atrás, nossa região foi castigada por um inverno rigoroso, que causou geadas − fenômeno que não era sentido há décadas. Agora, ficou o prejuízo aos produtores rurais, principalmente, os cafeicultores. Isso acarretará no bolso do consumidor também, já que os preços devem subir devido à grande perca de extensas lavouras. Nos dias atuais, o maior temor é perder o cultivo para os incêndios criminosos.

Como você vai acompanhar nesta edição de nº 20, as autoridades municipais começam a se movimentar e tentam a qualquer custo conscientizar a população a não provocar qualquer ação deste tipo. Qualquer fagulha pode virar uma grande dor de cabeça, principalmente aos Bombeiros que, incansavelmente, tentam atender as ocorrências que só em agosto deste ano já passam da metade registrada no mesmo período do ano passado.

As beiras de rodovias estão só o carvão, quem joga uma bituca de cigarro pela janela do carro não sabe o mal que pode causar a vida animal, onde os hábitats deles viram cinzas. Maior parte dos incêndios, sem dúvidas, é causada pela ação criminosa humana.

Por falar em fogo, a quem gosta de “queimar o filme” por aí: nos tempos atuais, onde as informações correm a solta na internet, todo cuidado é pouco ao falar mal de alguém por aí. Tem gente pagando o preço por ter falado demais... quer dizer, recorrendo para não ter que pagar pelas palavras que deveriam ter ficado guardadas. Você já deve ter sentido na pele quando alguém diz algo que você não fez, devora por dentro como fogo e, se atinge a honra, pode ter certeza que uma hora a bomba explode.