Membros da Fundação Educacional Prof. José Gonella realizam trabalho para reativar Academia de Comércio São José

Membros da Fundação Educacional Professor José Gonella, mantenedora da Academia de Comércio São José, realizaram na última terça-feira (02), uma reunião extraordinária com intuito de discutir a proposição do Ministério Público para adequação estatutária, apreciação e deliberação sobre o relatório situacional do atual estatuto. Esse é um dos primeiros passos para reativar a Academia na cidade de Guaxupé.

Membros da Fundação Educacional Prof. José Gonella realizam trabalho para reativar Academia de Comércio São José
Membros realizaram reunião extraordinária para discutir novo estatuto - Foto: Divulgação

Membros da Fundação Educacional Professor José Gonella, mantenedora da Academia de Comércio São José, realizaram na última terça-feira (02), às 10h, uma reunião extraordinária com intuito de discutir a proposição do Ministério Público para adequação estatutária, apreciação e deliberação sobre o relatório situacional do atual estatuto. Também foram discutidas a nomeação e a instalação do grupo de trabalho que fará o estudo e apresentação da proposta do novo estatuto. Esse é um dos primeiros passos para reativar a Academia na cidade de Guaxupé.

A Academia de Comércio São José formou muitos técnicos em contabilidade na cidade e região, mas com o tempo foi perdendo potência, devido o curso superior de Ciências Contábeis ser a indicação mais adequada diante da modernização do mercado e também restrições impostas em algumas atribuições para os profissionais somente com o curso técnico.

Agora os membros da Fundação realizam o trabalho de reforma do estatuto dentro da nova legislação para tentar resgatar a Academia de Comércio São José e que consiga fazer a captação de recursos. O futuro curso a ser ofertado será o de Técnico em Administração para os jovens em vulnerabilidade social, além de outras capacitações em parceria com o Sebrae.

Estiveram presentes na reunião os membros do Conselho Diretor, Marcos Antonio da Silva, José Gilberto de Melo, Maria Teresa Salles e o membro do Conselho Curador, Maria Dolores de Melo. O encontro também contou com a presença dos consultores Artur Fernandes Gonçalves Filho e Claudinei Vitor.

De acordo com o presidente, a Fundação como pessoa jurídica precisará se adaptar as novas regras jurídicas e normatizações específicas, de acordo com cada política pública que se destina, adequando seus estatutos a nova realidade jurídico-social.

Para o consultor especialista em planejamento estratégico do Terceiro Setor, Claudinei Vitor, a partir de uma análise contextual introdutória do estatuto atual e vigente, foram identificadas algumas disposições estatutárias, genéricas e obrigatórias, como já eram exigidas, estão apresentadas no texto atual em razão da Lei de Registros Públicos. Mas, outras que se tornaram obrigatórias com as normativas e legislações correlatas não foram identificadas, por isso, para Claudinei será necessário o aprimoramento do texto do Estatuto para adequação, principalmente, de acordo com a Lei 13.019/2014.

Ao fim do parecer dos conselhos curador, diretor e diretor e da diretoria, José Gilberto tomou a decisão favorável pela adequação, uma vez que, serão utilizados como base para proposições da adequação contextual, documentos e arquivos fornecidos inclusive pelo Ministério Público, apresentados pelo CAOTS - Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Velamento de Fundações e Entidades de Interesse Social, que disponibilizou uma minuta de estatuto, a qual será utilizada como diretriz, observadas as peculiaridades desta Instituição.

Diante disto foi indicado o grupo de trabalho que fará o estudo e apresentação da proposta de adequação do novo estatuto e que foi aprovado por todos os presentes. O grupo de trabalho será composto por: Marcos Antonio da Silva (presidente); José Gilberto de Melo (tesoureiro); Artur Fernandes Gonçalves Filho (consultor) e Claudinei Vitor (consultor).

O presidente encerrou sua fala durante a reunião explanando sobre a importância da Fundação. Disse ainda que os serviços da Fundação são realizados para garantir os princípios do respeito à dignidade da pessoa humana; o direito à convivência familiar e comunitária; a valorização e respeito à vida e à cidadania; o atendimento humanizado e universalizado, informou ainda que a ata e oficio para solicitação de autorização para adequação estatutária, serão encaminhados ao Ministério Público conforme preconiza a legislação das Fundações.


Academia de Comércio São José formou muitos contadores - Foto: Reprodução/Google Earth

A Academia

Em 19 de março de 1914, o prof. José Gonella fundou a Escola Noturna São José, que obteve apoio de várias personalidades da sociedade guaxupeana e dos políticos da região, e contava com uma grande quantidade de alunos.

Em 1917, o prof. José Gonella, percebendo o alto índice de procura, decidiu promover a especialização dos cursos e pedir a oficialização dos mesmos perante o Governo Estadual. Foi então que a Escola Noturna São José se transformou na Academia de Comércio São José.

Já com grandioso número de alunos, a Academia de Comércio funcionou temporariamente no prédio do Ginásio Diocesano São Luiz Gonzaga, até que em 1922 conseguiu sua própria sede.

A Academia surgiu num contexto de crescimento educacional da cidade, e que sua criação só foi possível graças ao empenho, ao idealismo e à dedicação do prof. José Gonella, que não mediu esforços para concretizar seus objetivos.

Um dos muitos cursos da Academia São José que se destacavam era a contabilidade. Muitas pessoas que ocuparam e ocupam lugares políticos e industriais, saíram desta, que foi a pioneira no Estado de Minas Gerais.