Esteja em vigilância aguardando a vinda do Senhor

Esteja em vigilância aguardando a vinda do Senhor

“E o Senhor respondeu: ‘Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim!’” (Lucas 12,42-43)

Precisamos estar vigilantes, precisamos estar atentos como empregados, como trabalhadores que somos. Temos um patrão, temos alguém que está à frente e que vai querer que nós executemos bem os nossos serviços.

Por isso o Senhor deu este exemplo, dizendo então que assim como o ladrão vem numa hora inesperada, Nosso Senhor também vai vir numa hora inesperada. E Pedro perguntou então a Jesus: “Mas Jesus, o Senhor está contando esta parábola a nós ou a todos?”, e Jesus disse: “É a todos”.

Aqui, a vigilância a qual o Nosso Senhor convida, não é somente uma vigilância da oração – é  claro que devemos rezar, devemos entrar em comunhão com Deus, devemos participar bem dos Sacramentos, da Igreja, rezar o nosso terço, ter os nossos momentos devocionais –, mas a vigilância também se dá no cuidado com o irmão, no cuidado com o próximo.

Meus irmãos, Nosso Senhor vai voltar, Nosso Senhor está voltando, e quando Ele voltar, que nós estejamos em vigilância, vigilância na oração e no cuidado com os nossos.

Jesus afirmou: “onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12,34). Nossa vida gira em torno daquilo que para nós tem valor. Para algumas pessoas, o tesouro é o corpo, a aparência, a influência e “seguidores” nas redes sociais. Para essas pessoas, torna-se insuportável envelhecerem, não serem admiradas ou percebidas, perderem a “importância” para os outros. Para algumas pessoas, o tesouro é o dinheiro e os bens materiais que ele pode comprar. Suas grandes casas são frequentemente habitadas pelo vazio e seus castelos desmoronam mediante um infarto, um AVC ou um câncer. E para nós? Nosso coração está no Senhor ou em algo que desejamos que Ele nos dê? Nosso tesouro é o nosso relacionamento com Deus, ou nosso interesse naquilo que estamos esperando que Ele nos dê?

O Evangelho termina com um alerta de Jesus: “Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes” (Lc 12,40). Na hora em que menos imaginarmos, estaremos deixando o transitório e caminhando para o definitivo. Na hora em que menos imaginarmos, nossa tenda será desfeita e seremos convidados a mudar para nossa casa definitiva (cf. 2Cor 5,1-10). Portanto, é preciso manter nossa vida aberta, cientes de que o Senhor está vindo ao nosso encontro. E ele deseja nos encontrar como “administradores fiéis e prudentes” (cf. Lc 12,42). O administrador não é dono; ele apenas “administra” a vida que recebeu, e a melhor forma de administrarmos a nossa vida é nos mantendo abertos à pergunta: Qual a tarefa que a vida está pedindo de mim neste momento? Do quê eu estou sendo chamado a cuidar neste momento?

Quando o Senhor voltar, que Ele te encontre realizando bem o seu trabalho: cuidando da sua família. Que o Senhor, ao voltar, que Ele me encontre vivendo aquilo que eu devo viver no meu sacerdócio. Que Ele te encontre vivendo aquilo que você deve viver.

O que nós devemos viver? Viver a santidade. Por isso, nós precisamos sempre estar atentos ao mal que devemos evitar e ao bem que nós devemos realizar.

Nosso Senhor está voltando. O que eu devo fazer? Eu preciso fazer o bem! Por que não faz, então? Faça o bem sempre, não deixe para amanhã!

Pode ser que o Nosso Senhor nos chame, hoje, para prestarmos contas. Se nós não estivermos vigilantes, se nós não estivermos na vontade de Deus, infelizmente, teremos como prêmio o castigo. Se nós vivermos na vontade de Deus, teremos como prêmio a vida eterna.