NÃO PODEMOS DAR A CÉSAR O QUE É DE DEUS

NÃO PODEMOS DAR A CÉSAR O QUE É DE DEUS

O evangelho de Mateus 22,18-21, relata que os fariseus estavam mal-intencionados, queriam apanhar Jesus através de alguma palavra, queriam prejudicar Jesus, que Jesus fosse prezo.

Naquela época, a questão do imposto, era muito séria, pois Impero Romano governavam com mão de ferro, que cobravam impostos altíssimos, para manter o luxo, do senado humano, corrupto, perverso, que de humano não tinham nada. Para manter a pompa de Roma, as províncias, os pobres do interior, tinham que pagar quantias absurdas de impostos, se não pagasse a condenação seria a morte. Temos aqui algo muito sério, pois queriam que Jesus fosse prezo, condenado a morte.

Jesus corria dois riscos:

  1. Se dissesse ‘sim’, estaria passando a imagem de ser a favor da dominação romana e de todas as injustiças por ela cometidas;
  2. Se dissesse ‘não’, estaria passando a imagem de um revolucionário que tentava provocar uma revolta popular contra Roma. Jesus não assumiu nenhum desses papéis, mas questionou de quem era a imagem impressa na moeda do imposto e mandou devolvê-la a César.

Cuidado com pessoas que aproximam de você, também com este mesmo Espírito, tem gente que aproxima da gente, com esta mesma intenção, com este mesmo Espírito. As vezes como os Fariseus fizeram aqui, com palavras lisonjeiras, com palavras de elogios, nossa você é tão bom, você é tão lindo. Tem gente, que cai nesta armadilha como um patinho, a pessoa elogia, você dá tudo o que ela quer, joga o verde para colher o maduro, a pessoa usa a malicia para saber coisas, que você não deveria contar, porque são segredos seus, que ninguém deveria saber, segredo seus, talvez de seu marido, de sua esposa, que ninguém precisa saber, planos seus que ninguém deve saber. Mas, a pessoa faz um elogio, o outro já virá um pavão achando que está abafando, já abre as asas e começa a falar de sua intimida, e achando que é ótimo, o cara, já conta o que só ele e Deus, deveria saber e mais ninguém neste mundo. Vejamos: Eu vou comprar uma casa semana que vem, vou comprar um caro, vou para a praia semana que vem, vou para o outro país. O triste aqui é que damos munição para o invejoso, malamos demais. Aliás, que fala demais, dá bom dia a cavalo, como falava os antigos. Portanto, cuidado, com as pessoas que aproximam de nós, de você, com este discursinho, querendo te elogiar, tem gente que só aproxima da gente para nos usar, tirar informações, aproxima da gente com este Espírito dos fariseus, para nos prejudicar, para descobrir informações para depois para nos comprometer.

Não é tudo que você pensa que você tem que falar. Você não deve revelar os seus projetos, os seus segredos a todos, ou melhor, você não deve revelar os seus projetos de sua vida a ninguém antes de acontecer. Porque? Infelizmente tem gente que é invejosa, que não intende você, tem gente que não vê a sua luta, se saber os seus planos, vão jogar areia no meio do processo. Cuidado com estes fariseus, que estão do seu lado, que te elogiam, para ter informações, descobrir coisas de você, e depois enfiar a faca por trás.

Cuidado, com os falsos amigos, sobretudo no trabalho. O certo em ambiente de trabalho, a gente deveria falar o mínimo de nossa vida pessoal; sabe, a não ser que seja um amigo sincero de anos, coisa rara nos dias de hoje; caso contrário cai fora.

Viva resguardado, você não perde nada, por ficar quieto, aliás, tem um dito chinês, um proverbio que diz: a palavra é prata, mas o silencio é ouro. Outro proverbio: eu nunca me arrependi por algo que não falei, mas já arrependi por algo que falei, por algo que eu diz.

Por fim, Jesus fala “Daí, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21). Ou seja, o Cristão tem que cumprir os seus deveres como cidadãos, que é pagar os impostos, cumprir as leis, mas sempre tendo consciência que Deus está acima de todos. Pois a lei de Deus é a lei maior de todas as leis, porque a as leis dos homens, as vezes pode ser imoral, pecadora, corruptas, injustiça e etc., Mas, se a gente segue Deus, a gente respeita também as leis humanas, a gente tenta viver na concórdia, sendo um bom cidadão. Que Deus nos ajude a viver tudo isto, para honra e glória de Deus.

Ao responder a respeito do pagamento do imposto, Jesus deixa claro que nenhum César é Deus. Além disso, todo ser humano, embora vivendo numa sociedade governada por algum César, ele é “propriedade” sagrada de Deus, e não “moeda de troca” de algum César. Por mais poder que algum César tenha no mundo de hoje, ele não é Deus. A própria História registra isso: todos os impérios caem, assim como todos os Césares morrem. 

Não dar a César o que é de Deus significa, não deformar a nossa consciência pela prática da corrupção só porque César é o primeiro e grande corrupto, afinal não é a ele que deveremos prestar contas, mas a Deus, o justo Juiz, a quem nenhum dinheiro pode corromper. A César devemos o respeito para com as leis, na medida em que elas estão a serviço da justiça, do direito, da vida e da dignidade humana.

Atualmente, César (Governo) fez de tudo para impor a “Ideologia de gênero” nas escolas, mas não conseguiu, sobretudo devido à oposição da bancada evangélica e de políticos que se declaram católicos praticantes no Congresso. Esta ideologia propaga a ideia de que a criança nasce sem um sexo definido. Portanto, quando a criança nasce não deve ser considerada do sexo masculino ou do sexo feminino; depois ela fará esta escolha. Assim, nas escolas elas não podem ser chamadas de “menino” ou “menina”, mas apenas de “crianças”, porque elas devem decidir quando crescer se serão homens ou mulheres.

Ora, nós devemos dar a César o poder de direcionar a formação da identidade sexual dos nossos filhos, ou cabe a nós, família, ajudar os nossos filhos a amadurecerem a sua identidade sexual a partir de uma saudável convivência com a figura masculina e a figura feminina dentro de casa? Se César não consegue colocar a sua própria casa em ordem, como pode se achar em condições e no direito de criar leis para colocar “em ordem” a nossa? Um César que não governa sua própria casa tem alguma autoridade moral para governar a nossa?    

Por fim, dar a Deus o que é de Deus significa que o cristão não se guia na vida pelas leis que César cria.  Não são as leis de César (Executivo, Legislativo e Judiciário), nem as ideologias da mídia, que devem estabelecer para o cristão o que é certo e o que é errado, como, por exemplo, a descriminalização do aborto e do uso de drogas, além de outros assuntos tidos como polêmicos.

A afirmação de Jesus – “Dai a César o que é de César” (Mt 22,21) – indica que nós, cristãos, temos responsabilidade para com a vida pública e não temos o direito nos tornarmos pessoas corruptas com a justificativa de que todo César é corrupto. O pior estrago que César pode fazer é corromper a nossa consciência e nos convencer de que “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Portanto, Jesus questiona o nosso “jeitinho brasileiro”, as trapaças que fazemos para escapar de determinados impostos e também os mecanismos que utilizamos para obter lucro causando prejuízo a outras pessoas. Em suma, Jesus quer saber se nós, cristãos, vivemos como filhos de Deus ou como filhos de César.