Que tal plantarmos uma semente para uma nova esperança?
Quando um ano termina, é sempre uma tarefa arriscada avaliá-lo meramente como um “ano positivo” ou um “ano negativo”. A vida não se enquadra nessa matemática ingênua e superficial, segundo a qual o ano é visto como “bom” ou “ruim” a partir da soma dos acontecimentos: aconteceram mais coisas boas do que ruins, e vice-versa. Nossa vida não é definida a partir daquilo que nos acontece, mas a partir da forma como lidamos com o que nos acontece. Além disso, para aqueles que têm fé, é importante lembrar que “Deus faz com que tudo concorra para o bem daqueles que o amam” (Rm 8,28), o que significa que também as coisas ruins podem servir para a nossa correção, o nosso crescimento e a nossa salvação. Será que o Coronavírus nos leva a esta mudança e reflexão?
Diante do novo ano que se abre, podemos nos perguntar: o que há novo nele? Tudo, e também nada. Não somente cada ano que nasce, mas também cada dia que desponta, é sempre uma página em branco: as linhas estão ali, mas somos nós que decidimos o que vamos escrever. Escrever as mesmas coisas é sempre mais fácil; é a vida no piloto automático; é a síndrome de Gabriela – “eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim”. Nada muda quando não nos damos ao trabalho de mudar. Nada melhora quando não nos esforçamos em melhorar. Nada se modifica quando não aceitamos corrigir atitudes que precisam ser corrigidas. Por isso,
pedir a bênção de Deus para o novo ano significa também arregaçar as mangas e trabalhar no sentido da bênção que Deus, como Pai, quer dar a cada filho Seu na face da terra. Bênção não é mágica. Não adianta eu pedir a bênção de Deus, mas não aceitar obedecer à Sua voz em minha consciência. Não posso esperar que a bênção de Deus funcione como uma “blindagem” contra todo tipo de dor, dificuldade ou sofrimento. A vida não poupa ninguém de dificuldade. A terra não é o céu. Esperar que a estrada de 2021 seja totalmente asfaltada, pista dupla, sem pedágio, sobre a qual deslizaremos tranquilamente, sem enfrentar nenhum tipo de contratempo, é não ter senso de realidade. Deus nos quer fortes, e não covardes. Deus nos quer maduros, e não mimados. Deus nos quer em comunhão com a dor que afeta o nosso próximo, e não indiferentes, fechados em nossa bolha chamada “individualismo”.
Termino esta reflexão te desejando “UM ANO NOVO CHEIO DE SEMENTES PRA TODOS NÓS”. VEJAMOS:
Um rapaz entrou numa Loja e viu um Senhor no balcão.
Maravilhado com a beleza do lugar, perguntou:
- Senhor, o que se vende aqui?
- Os dons de Deus. Respondeu-lhe o senhor.
- Quanto custam? - voltou a perguntar.
- Não custam nada. Aqui tudo é de graça!
O rapaz contemplou a Loja e viu que haviam jarros de amor, vidros de fé, pacotes de esperança, caixinhas da salvação, muita sabedoria, fardos de perdão, pacotes grandes de paz e muitos outros dons.
O rapaz, maravilhado com tudo aquilo, pediu:
- Por favor, quero o maior jarro de amor, todos os fardos de perdão e um vidro grande de fé, para mim, meus amigos e família.
Então o senhor preparou tudo e entregou-lhe um pequeno embrulho que cabia na palma da sua mão.
INCRÉDULO, o rapaz disse:
- Mas como pode estar aqui tudo o que pedi?
Sorrindo, o gentil senhor lhe respondeu:
- Meu respeitável Irmão, na Loja de Deus não vendemos frutos! Só Sementes! Plante-as!
UM ANO NOVO CHEIO DE SEMENTES PRA TODOS NÓS. FELIZ 2021!
Paróquia São José Operário
Guaxupé-MG.
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