A ABSOLUTA NECESSIDADE DA ORAÇÃO
“Rezem por mim. Rezem por mim. Necessito”. Assim pediu o Papa Francisco ao povo em sua audiências. Assim como o Papa Francisco, nós necessitamos de oração, necessitamos não somente que os outros rezem por nós; necessitamos, sobretudo, aprofundar a nossa vida de oração. Nós necessitamos da oração porque necessitamos de Deus, e somente na oração podemos nos abrir a Deus; somente na oração podemos nos deixar amar e cuidar por Deus.
Como anda a sua vida de oração? Das 24 horas que Deus concede a você a cada dia, quanto tempo você dedica para estar em oração, na presença d’Ele?
“Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a rezar’” (Lc 11,1). O quanto a oração era essencial na vida de Jesus: no seu batismo (3,21), na escolha dos doze apóstolos (6,12), ao ensinar o Pai nosso (11,1ss.), na sua agonia no monte das Oliveiras (22,41ss.), ao ser crucificado (23,34) e, finalmente, ao morrer (23,46). Além disso, Jesus fez questão de frisar a importância de que a nossa oração seja persistente (18,1-8) e humilde (18,9-14).
Mas, por que Jesus se colocava em oração com tanta frequência? Santa Teresa de Jesus afirmava que “orar é estar a sós muitas vezes com quem sabemos que nos ama”.
POR QUE EU PRECISO REZAR? Diferente de Jesus, quando nós oramos o fazemos mais movidos por nossas necessidades do que por amor ao Pai. Na verdade, existe um espaço dentro de nós que nada preenche: nem a comida, nem a bebida, nem o sexo, nem o dinheiro, nem qualquer coisa que possamos comprar ou consumir. Esse espaço é o lugar de Deus em nós. Orar é reconhecer que somente quando Deus ocupa o Seu espaço dentro de nós é que temos paz e sentimos uma alegria que nenhum acontecimento externo pode retirar de dentro de nós.
A Oração segundo Santo Afonso de Ligório, "Quem reza muito se salva, quem reza pouco está em perigo, quem não reza se condena".
“A oração não é uma varinha mágica. Jesus, que rezava tanto, é um exemplo para nós”, explicou o Papa Francisco. A oração de Jesus abranda as emoções mais violentas, os desejos de vingança, reconcilia o homem com seu mais amargo inimigo: a morte, segundo Papa Francisco. A oração é o oxigênio da nossa alma e, sem ela, perdemos o contato com a vida, no seu sentido mais pleno, uma vez que a criatura desligada do seu Criador, perde o sentido de sua existência. O próprio Jesus nos mostrou a importância da oração, através do seu testemunho pessoal: Jesus estava rezando.
Jesus conta a parábola da Oração do Evangelho de Lucas 11,1-13 que relata a insistência de um homem que, vai pedir a um amigo que lhe empreste três pães. A oração só consegue resultados se for perseverante. Não devemos desistir de pedir. Se não formos atendidos de imediato, portanto, é errado dizer que Deus não nos atende em nossos clamores. Portanto, “pedi e recebereis; batei e vos será aberto. Pois quem pede recebe; quem procura encontra; e para quem bate, se abrirá”.
No final desta reflexão, podemos recordar dois pensamentos sobre a oração. O primeiro é de Santo Agostinho: “Faça o que você pode e reze pelo que não pode, para que Deus permita que você o possa”. Em outras palavras, a oração mostra que é possível ao ser humano desejar o impossível e descobrir que, para Deus, nada é impossível (cf. Gn 18,14; Lc 1,37). O segundo pensamento é: “Orar não consiste em ouvir-se falar; orar consiste em ficar em silêncio, estar e esperar em silêncio, até ouvir Deus”. Quanto menos palavras na oração, melhor, pois o Pai já sabe das nossas necessidades (cf. Mt 6,7-8).
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