A Trindade Santa é Modelo de Comunidade

A Trindade Santa é Modelo de Comunidade

Esta Festa nasceu no século VII (7), mas aprovada em 1334 pelo Papa João XXII (22). Foi Jesus que revelou que, no Deus Único, há três pessoas. O Pai é o Criador, o Filho é Salvadore o Espírito Santo Santificador, todos eles têm sua função, mas todos se respeitam.

A Trindade nos ensina que devemos fazer nossa parte na Comunidade. Aliás, na Comunidade o Pouquinho de Cada um pode Fazer Muito. Na Trindade Deus deu o passo Dele e cabe a nós darmos o nosso ajudando na Comunidade, “Colocando meus Dons a Serviço de Deus”. Há Diversidade de Dons, mas um único Espírito há Diversidade de Ministérios, mas um único Senhor, e há Diversidade de ofícios, Atividades, mas um único Deus que realiza tudo em todos. Trindade é o Modelo de Comunidade, é a melhor Comunidade, é uma Família onde todos se Respeitam, onde tem Diálogo, e Amor.

O Pai é o Criador, o Filho é o Salvador e o Espírito Santo Santificador, todos eles tem sua Função, mas todos se Respeitam, o Pai não fica com ciúme do Filho, é o Filho não fica com ciúme do Pai, e o Espírito Santo não tem ciúme do Filho, e o Filho não tem ciúme do Espírito Santo, e o Espírito Santo não tem ciúme do Pai, respeitam os trabalhos, amam esta Somatória.

A Trindade nos ensina o nosso lugar na Comunidade, todos são importantes e que temos que valorizar as outras pessoas e não jogar pedra, querendo derrubar por ciúme. A Trindade Santa Elogia, tem Comunhão, Ama, Respeita e Valoriza.

Em casa, na Família devemos viver o que a Trindade ensinou onde o Pai deve ter autoridade, respeitando o filho, os filhos devem respeitar os pais. Às vezes falta Comunhão.

Celebramos, hoje, a Festa da Santíssima Trindade, um Deus em Três Pessoas e não Três Deuses; que nos ensina a viver a nossa Individualidade na Comunidade, ou seja, em Unidade na Diversidade. Assim, a essência da liturgia de hoje nos ensinam a viver em comunidade, unidos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, vivendo como irmãos. A palavra Comunidade significa unir naquilo que nós é comum, e respeitar aquilo que temos de diferente. A riqueza de nossas comunidades está na soma das diferentes, pois quanto mais dons diferentes existem numa comunidade, mais ela se enriquece. Assim como a trindade vive na santa Paz e na concórdia, também nós nos esforcemos para vivermos em paz e na concórdia uns com os outros.

No Evangelho da Santíssima Trindade Jesus nos confia a missão de ir pelo mundo inteiro, anunciar a verdade do Seu Evangelho a toda pessoa, convidando-a a viver na comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por fim, o Espírito Santo é o vento que sopra onde quer (cf. Jo 3,8); Ele é a ponte que o Pai estende, por meio do Filho, na direção de todo ser humano que precisa ser reencontrado e reintroduzido na comunhão com a Santíssima Trindade.

Dado isto, não podemos entender o mistério da Santíssima Trindade, mas podemos sentir, experimentar este mistério no Pai, no filho e no Espírito Santo. Porque devemos experimentar este mistério uno e trino, Pai e filho e Espírito Santo, porque ele mora em mim, sou Templo de Deus. Aliás, mistério não se explica, mas se experimenta. Você e eu somos moradas da Trindade, somos habitados por eles. Dado isto, descobrimos que nunca estaremos sozinhos, aliás, quem já se sentiu abandonado por Deus, sentiu porque quis, porque nunca estaremos abandonados por Deus. Imaginemos aquele dia que você sente um vazio interior, é quando você vai a geladeira, abre a geladeira e vê o que tem lá e fecha de novo. Isto é provado psicologicamente achando o que tem lá vai preencher você e eu, o nosso vazio interior, como se fosse preencher com comida, vai abre a geladeira, olha e não quer nada de lá. Esta pessoa é inquieta, aliás, você é assim? Já viveu isto? Quem já abriu a geladeira aqui e disse: Ah! Não tem nada aqui não! Não é fome, é vontade de comer, sabe a diferença, sabe quando você está com vontade de comer aquela coisa que você não sabe o que é? A gente até sente água na boca, o que você quer comer, eu não sei? Depende, pode ser jiló. Rúcula, agrião. Mas na verdade, você não quer comer nada, o que você quer é ser habitada ou habitado por Deus, isto é sinal que o nosso corpo dá quando nós não estamos nos deixando habitar pela trindade, por Deus. Eu sou habitado por Deus? Não é abrindo a geladeira que eu vou encontrar Deus lá, só Deus me preenche.

Tem gente que tem pensamento de gordo, se parar de comer vai sentir um vazio interior tão grande, isto é pensamento de gordo. Você pode não ser, cuidado, talvez você esteja caminhando para lá. Por fim, olhando para a Trindade, temos o exemplo oposto do Mito de Narciso. O mito de Narciso é uma das histórias mais famosas da mitologia grega. Segundo o mito, Narciso era tão belo e tão vaidoso que, após desprezar inúmeras pretendentes, acabou se apaixonando pelo próprio reflexo. Morreu de fome e sede à beira da fonte de água onde via sua imagem refletida.

O mito nos ensina que o excesso de vaidade e falta de empatia pelos outros podem ser prejudiciais. Narciso se tornou símbolo do individualismo e do excesso de amor-próprio. Narciso era tão arrogante e se sentia tão especial que, aos seus olhos, ninguém era bom o bastante para ele. Seu excesso de vaidade fez com que só se apaixonasse por alguém de sua categoria: no caso, ele mesmo! Assim, o mito pode ser lido como uma crítica ao egocentrismo e ao excesso de vaidade. A histórias dizem que ele morreu afogado ao tentar tocar na imagem que via refletida. O indivíduo sente a necessidade de ser admirado a todo o momento, e não permite que a sua imagem passe despercebida pelos outros. Geralmente, as pessoas narcisistas são fechadas, egocêntricas e não amam ninguém, quer tudo na sua hora, e só usa as pessoas. Deus na Trindade Santa nos ensina que temos que mirar o outro, e amá-lo. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? (1Jo 4,20).