Esquecidos no fundo do poço
O filme “O Poço” conta a história do personagem Goreng, um homem que acorda como prisioneiro de uma cadeia vertical. Para que já assistiu, o local possui centenas de níveis, se baseando na divisão de comida. Um banquete desce do nível zero até o fim (quanto mais baixo, menos alimento e mais precária a situação). Este filme representa muito bem a sociedade. Existem os de cima, os de baixo e os que caem. A comida representa o recurso, quanto mais em cima você está, mais recursos disponíveis, até que não sobre nada para quem está abaixo.
Pois bem, enquanto uns tem muito outros buscam pelo mínimo. Mães guaxupeanas com filhos diabéticos estão tendo que se humilhar para conseguir medicamentos essenciais para manter seus genitores bem. Enquanto, esses filhos dessas mães querem o que é deles por direito, o filho daquele que está no nível mais alto do poço está ganhando muito dinheiro com a saúde do povo.
E aqueles que estão no meio do poço, nossos legisladores ao invés de fazer o seu papel de investigar, denunciar, colocar o dedo na ferida se calam. Ou as vezes são calados com boicotes com cortes nos áudios das transmissões de sessão camarária. A crueldade e o individualismo da atual gestão é explícita, só deixam as migalhas para os de baixo e quem se cala diante disso compactua com tais atitudes.
Sempre mostramos aqui o esquecimento da administração municipal pelos que mais precisam. Os de cima não ouvem quem está embaixo. Na Santa Casa de Guaxupé tem que espernear para conseguir atendimento. A maioria dos relatos são negativos a respeito do atendimento da unidade hospitalar. Os que estão lá topo não escuta os gemidos de dores daqueles estão lá no fundo. São milhares de pessoas aguardando na fila por uma cirurgia.
Fica mais feio ainda para aqueles que deveriam estar do lado povo, ajudando a cobrar, se vendendo por um churrasco, um copo de chope nos ranchos por aí. É bom aproveitar enquanto a eleição municipal não chega, pois, a sua cadeira pode ser ocupada por alguém que de fato esteja afim de trabalhar em prol da população, ou que pelo menos a população escute a sua voz, atualmente tem uns que parece ter preguiça até de falar. Em breve o tombo vai ser feio.
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