Memória confusa
Ao realizar uma breve pesquisa na internet sobre a história de Guaxupé, no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existe um sucinto texto que diz: “A exemplo do que acontece com quase todas as cidades do Brasil, a memória histórica de Guaxupé é frágil e confusa. Com o tempo, fatos e acontecimentos que marcaram uma época se perdem aos olhos de poucos interessados que procuram revelar e registrar a história. Muitos dos fatos foram sendo passados de pai para filho, através da história oral e muito se perdeu no tempo. O que consta em livros, revistas, almanaques, trabalhos individuais de memorialistas é quase sempre parcial e sempre exaltam um passado glorioso. Homens corajosos e cheios de vontade que saíam em busca de aventuras e um futuro melhor, quase sempre retratados como heróis de um passado longínquo”.
Prestes a completar 110 anos, o aeroclube da cidade praticamente foi fundado junto com o município. Foram anos de luta para formar pilotos e manter viva a paixão dos admiradores. Como pode-se ler no texto do IBGE, a memória histórica é frágil e confusa. O interesse em manter viva a história definha. Qual guaxupeano não tem lembrança do Aerofest, das apresentações da esquadrilha da fumaça, eventos que reunia milhares de pessoas da região inteira.
Infelizmente, tradições vêm sendo deixadas para trás e a pergunta que fica é: como atrair turistas para a cidade do turismo? Guaxupé poderia ainda formar pilotos de aviões, poderia realizar a Expoagro, poderia ter mais valorização. Onde não há valorização não tem interesse. Quem chuta na lata do lixo a história, desconhece a função da própria existência.
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