Prudência

Prudência

Vivemos em um momento em que nações apresentam baixos números de mortes e casos de Covid-19, à medida que a população é vacinada por completo. Aqui no Brasil, todos já esperavam comemorar as festas de fim de ano e o carnaval livres de máscaras, ao ar livre, naquela folia que todo brasileiro sabe fazer. A descoberta da B.1.1529, denominada ômicron, causou espanto mudando os planos futuros de todos.

Países com baixa vacinação estão vivenciando o terror do avanço da variante causando milhares de infecções e mortes todos os dias. A ômicron já está em todos os continentes. Sua detecção demorou muito para acontecer, fazendo com que se espalhasse sorrateiramente por todo o globo, tornando predominante nos testes, assim como outras variantes já existentes no passado.

O que se sabe sobre ela é muito pouco, os cientistas tentam descobrir se os imunizantes existentes são capazes de neutralizar a nova cepa – considerada mais transmissível –, tentam descobrir também seus impactos no organismo, se ela é mais agressiva ou não. Enquanto conclusões não são definidas, precisamos ter cautela neste momento. Não é ocasião para pânico e sim para repensar que a pandemia ainda existe.

A ômicron mostra claramente os efeitos do não acesso aos imunizantes, pois, em locais onde a vacinação é baixa, a probabilidade de novas cepas virem a surgir é extremamente alta. O caso sul-africano é um límpido exemplo das sequelas da desigualdade global. É necessário repensar, urgentemente, na distribuição dos imunizantes aos países pobres para que tenham acesso o quanto antes, do contrário, novas ômicrons podem vir a existir.

A falta de clareza nos efeitos da nova cepa fez prefeitos e governadores suspenderem as festividades. Se fez necessário reconsiderar as estratégias de prevenção ao patógeno, principalmente nesta época que favorece o agrupamento de pessoas. Se não for dessa forma, as consequências podem ser fatais.

Nesta última edição de 2021, o Noticiantes agradece a cada leitor (a) que desfruta do nosso jornal. Mesmo com as adversidades, desejamos que o Natal e o ano novo sejam tranquilos e comemorados com empatia. Boas festas!