Palavras ao vento...

Palavras ao vento...

Um dos segredos para conquistar a confiabilidade do eleitorado pelo candidato é efetuar promessas. As promessas de campanha aproximam o candidato aos anseios da população, com a intenção de se misturar ao povo, colocando como parte dele. A finalidade disso seria gerar o sentimento de que “todos estamos no mesmo barco”. Qual a responsabilidade que o candidato possui com aquilo que promete? Os políticos costumam prometer tudo e para todos sem qualquer lógica e possiblidade de certeza.

Promessa é um termo que assemelha a um juramento para um futuro incerto. Por onde fica a ética e os princípios da moralidade quando se promete o impossível? Quando falamos em políticos, temos uma cultura enraizada que normaliza a corrupção, exemplo disso é frase absurda muito utilizada “rouba, mas faz”, assim como já é normalizada de que político só promete e não cumpre e fica por isso mesmo. Sem dúvidas prometer o impossível para ganhar votos é agir de forma contrária a ética.

Planos de governos de candidatos ficam disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral para qualquer um ver. Diante disso, é de extrema importância a participação do eleitor cobrar os atos do eleito. A população tem papel importante de fiscalizar seus representantes, exigindo que as promessas sejam cumpridas ou sejam ao menos justificadas por se tornarem inviáveis.

Ainda faltam mais dois anos para as próximas eleições, mas estamos de olho. Muito foi prometido pelo atual prefeito e nada foi feito. Nem se quer obras iniciadas na gestão anterior foram finalizadas. A cidade que a administração diz que “ama e cuida” anda a passos lentos para seu desenvolvimento, reflexo de quem está comandado. A obra da ETE é um exemplo de uma das promessas infundadas. De fato, as obras foram retomadas, mas prometer durante a campanha que a Estação seria finalizada nem bobo acredita.

Foi prometido também melhorias nas quadras de esportes, passarelas em bairros periféricos, mas a realidade é outra. Todo guaxupeano sabe o quanto estes bairros afastados estão esquecidos, são quadras sem cobertura, sem manutenção, com grades soltas, mato alto. Este é o resultado em colocar pessoas de alto poder aquisitivo no poder, elas não conhecem a realidade de quem mais precisa de atenção. É nítido, o zelo pela área central e o descaso com as outras comunidades. Prefeito, a população não está no mesmo barco que você, afinal, você já pulou fora.