Ser catequista é ser jardineiro de gente
O catequista, amados e chamados por Deus! “És precioso aos meus olhos. Eu te amo” (Is 43,1-5). Todos os anos no mês de agosto contemplamos com grande entusiasmo todas as vocações que são frutos do amor e do chamado que Deus faz a cada um de nós batizados, e em particular e para uma tarefa específica.
Neste texto reflexivo vamos olhar com profundidade uma destas vocações e a dimensão que ela alcança para garantir um serviço a todo ser humano na sua base religiosa, de vida de fé e sacramental. Esta vocação é a dos catequistas, homens e mulheres amados e chamados por Deus para servir, para ecoar os ensinamentos de Jesus e a sua Santa Palavra! A Palavra de Deus nos apresenta a vocação como um chamado. Para que Deus nos chama? No princípio Deus nos amou e nos fez, a partilha deste amor gerou o chamado que Ele faz a todos, e, para alguns a serem catequistas!
Ser catequista exige de nós empenho, dedicação, ao mesmo tempo que nos traz paz e satisfação, pois sabemos que o chamado vocacional brota no coração de cada catequista que atende ao chamado divino e aceita contribuir com a Igreja em sua missão de instruir e educar na fé. Mesmo que, por vezes, as dificuldades parecem nos roubar as forças, renovamos nosso sim na certeza de que o Senhor está conosco sempre, que caminha ao nosso lado e, se for preciso, nos carrega no colo.
Da certeza de nossa vocação nasce a exigência de buscar a formação como caminho para nos conscientizar, cada vez mais, de que somos “discípulos missionários [...] sujeitos ativos da evangelização e, com base nisso, habilitados pela Igreja a comunicar o Evangelho e acompanhar e educar na fé” (DC, 132).
Eu gosto de comparar nossa missão de Catequista à jarra de água que temos em casa e que, quando a sede bate, está lá para nos saciar, pois os catequistas são como jarras de água destinadas a saciar a sede dos catequizandos. No entanto, a jarra à medida que tomamos a água vai se esvaziando e precisa ser preenchida, da mesma maneira nós precisamos buscar a formação e atualização para que possamos sempre oferecer água pura e cristalina a quem de nós se aproxima.
Dado o exposto, a catequese não é um ‘trabalho’ nem uma tarefa externa à pessoa do catequista, mas ‘somos’ catequistas, e a vida inteira gira em torno desta missão. Com efeito ‘ser’ catequista é uma vocação de serviço na Igreja; o que foi recebido como dom da parte do Senhor, por sua vez deve ser transmitido.
Por fim, em celebração pelo mês em que se celebra essa missão tão importante, vamos fazer juntos a oração aos catequistas:
“Ó Jesus, Mestre e Modelo de todo catequista, vós que pregastes por toda a parte o evangelho de Deus, abençoai nossos catequistas, que se dispõem a ensinar vossa mensagem de salvação.
Sejam eles mansos e humildes de coração, capazes de acolher, sem excluir ninguém, cada pessoa que vem à vossa procura. Sejam abertos ao Espírito Santo a fim de comunicar a vossa verdade, superar as dificuldades da missão recebida e dar testemunho de alegria e gratuidade na vossa Igreja.
Aumentai, Senhor, em nossas comunidades, o número de pessoas dispostas a aplicar os próprios dons a serviço da catequese. Que estes vossos servidores, Senhor, cultivem profundo amor à vossa Palavra e busquem, mediante a instrução e a oração, novas energias para educar na fé uma multidão de seguidores do vosso Reino. Amém!”
Por último, desejo votos de gratidão a todos os catequistas pelo seu dia. Venho lhe desejar que o Espírito Santo continue a sustentá-lo, a sustentá-la, a servir, porque isso lhe faz tanto bem! Um grande abraço, a todos os catequistas. Vocês são semeadores da esperança, e jardineiros de gente.
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