Supera

Supera

Muitos brasileiros continuam tentando superar a perca da cantora Marília Mendonça. Nosso interior mineiro virou cenário de mais uma grande tragédia. Para quem não conhece, “Supera” é o título de um de seus grandes sucessos, em sua letra narra a vida de diversas mulheres, com um discurso de autoajuda, buscando jogar para cima, dar a volta por cima, àquelas que terminaram um relacionamento.

Marília não estava em ascensão, ela já estava no topo. Sua carreira já era consolidada, intitulada “Rainha da Sofrência”, permanecendo assim mesmo com a sua partida precoce. Ela entrou no gênero musical brasileiro predominantemente composto por homens, escrevia músicas desde seus 12 anos, de lá para cá, canções que fugiam do comum, pois falavam da amante, da mulher traída, até mesmo da prostituta – muitas vezes cantada por ela em 1ª pessoa − sim, ela mudou a face da música sertaneja.

Mesmo muito nova, a cantora não viveu o fracasso, algo raro no meio artístico ficar sempre no topo. Antes de se tornar cantora famosa, já fazia sucesso nos bastidores com suas composições, que eram interpretas por vários cantores. Por trás dos holofotes, Marília era, digamos, “a menina das grandes composições”, mas, quando começou sua carreira de cantora, foi uma sequência de sucessos, indo contra o mercado da música sertaneja, que desacreditava no poder feminino.

Milhões de seguidores, milhões de visualizações, milhões de fãs que hoje estão órfãos da sua presença carnal, mas que continua viva e eternizada em suas canções. Marília fez um trabalho que nenhum artista faz, realizar shows gratuitos nas 27 capitais do Brasil. O seu álbum “Em Todos os Cantos”, gravado ao vivo, realizou shows repentinos divulgado horas antes de acontecer nas cidades, lançando músicas inéditas, onde em questão de minutos já estavam na ponta da língua do público. Em Belo Horizonte, foram mais de 100 mil pessoas.

Mas o fim sempre chega para todos, o Brasil sentirá falta de suas canções, agora só nos resta superar.