Acreditar ou não
O resultado dos candidatos à Presidência da República no primeiro turno das Eleições Gerais 2022 levantou ainda mais os questionamentos sobre as pesquisas eleitorais. Durante todo o período de campanha, as pesquisas foram demonizadas nas redes sociais. Bastava sair alguma delas em algum veículo de comunicação, que alguns comentários vinham à tona como: “quem contratou?”; “quem acredita nisso?”.
Os resultados de domingo (02) e a força do bolsonarismo colocou mais ainda em xeque a confiabilidade das pesquisas. Foram porcentagens discrepantes em relação ao candidato Bolsonaro; algumas pesquisas chegaram a mostrar a decisão em primeiro turno com Lula eleito. Simone Tebet e Ciro perderam muitos votos por conta disso. Os antipetistas, com receio da volta de Lula já em primeiro turno, decidiram migrar seus votos que iriam para Simone e Ciro, a Bolsonaro.
As pesquisas também influenciam os votos dos indecisos, aqueles que acreditam em uma terceira via. Quantas pessoas ouvimos que queriam votar em Simone Tebet e Ciro Gomes, mas, para não jogar o voto no lixo, decidiram escolher em dos primeiros colocados nas pesquisas? Muitas, não é mesmo? A divulgação destes números antes do pleito encoraja e desencoraja muita gente a deixar de exercer seu direito de escolha por livre e espontânea vontade e se deixa influenciar.
Claro, erros são comuns, mas agora, cabe ao TSE, impor rigor igual fez com a “tia do zap” aos institutos de pesquisa. O tribunal precisa confrontar e exigir explicações. Erros como este que aconteceu inflamam ainda mais as teorias da conspiração de que as empresas pendem em favor dos candidatos de esquerda. O mercado dos institutos necessita ser regulado, erros provocam ruídos na democracia, prejudicam mais do que ajudam os eleitores.
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