Não é apenas um feriado...
Nosso país completou quarta-feira (07) o bicentenário de sua independência, momento em que estamos em plena campanha eleitoral, diga-se de passagem bem polarizada. Para muitos o Sete de Setembro é apenas um feriado a mais no calendário. Não é só por conta da proximidade das eleições gerais, mas esta data precisa ser encarada como um momento de reflexão.
Foram quase trezentos anos de exploração do nosso povo e dos nossos recursos minerais. Milhares de riquezas foram retiradas sem retorno nenhum. Segundo os historiadores, esse feito não ocorreu do nada, tudo teve ligação aos eventos que começaram a partir de 1808, também por conta da chegada da família real portuguesa ao Brasil, depois da perseguição de tropas francesas.
Conforme você deve ter aprendido na escola, alguns elementos dessa história foram manipulados para parecer um feito heroico... é o que dizem alguns historiadores. Possíveis mitos sobre o fatídico dia são apresentados pelos estudiosos.
Começamos pelo famoso quadro feito pelo pintor Pedro Américo, em 1888. Para alguns historiadores, a obra não é fiel ao que realmente aconteceu. O próprio pintor não estava presente no acontecimento, até porque ele nasceu 20 anos depois. O quadro foi encomendado por D. Pedro II, claro, destacando seu pai como figura heroica.
Outra controvérsia, que até envolve o Hino Nacional, diz que o brado não aconteceu às margens do Ipiranga, mas sim do alto de uma colina perto do riacho. Ainda segundo historiadores, D. Pedro I estava montado em uma mula e não em um cavalo. Sem falar no “piriri” que ele estava sentindo por ter comido algo estragado.
A Independência foi uma conquista após muitas lutas e conflitos, não pode ser ignorada. Este acontecimento há 200 anos mostra que, quando o povo quer, é possível mudar. Diante do que foi levantado pelos historiadores, também apresenta que, grandes líderes manipulam seus feitos para parecerem heróis. O endeusamento político leva a uma cegueira coletiva.
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