Bauruense condenada por organizar ônibus para atos golpistas em Brasília quebra tornozeleira e vira foragida da Justiça
A mulher de 61 anos, condenada por participar dos ataques terroristas às sedes dos Três Poderes, após organizar um ônibus de Bauru até Brasília, quebrou a tornozeleira eletrônica e é considerada foragida da Justiça.
Por maioria no Supremo Tribunal Federal (STF), Fátima Aparecida Pleti foi condenada a 17 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 pelos crimes de associação criminosa, ataque à democracia e tentativa de golpe de estado, além de dano qualificado e grave ameaça ao patrimônio da União.
O período da pena inclui 15 anos e seis meses de reclusão, que pode ser cumprido em regime fechado, semiaberto ou aberto, e um ano e seis meses de detenção, que não admite o regime fechado e é cumprido em semiaberto.
Na condenação dela, também foi determinado o pagamento de 100 dias-multa, no valor de 1/3 do salário mínimo, além da indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões, que será distribuído entre todos os condenados pelos atos.
A mulher, detida ainda em janeiro do ano passado, logo após os atos antidemocráticos, ficando presa na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia, conseguiu liberdade condicional mediante o uso de tornozeleira, em agosto do ano passado.
De acordo com o processo contra ela, quatro dias após o início do seu julgamento no STF, em março deste ano, Fátima rompeu o equipamento eletrônico de monitoração, tendo a autoridade penitenciária do Governo de São Paulo informado o fato ao Judiciário duas semanas depois. Outros nove condenados ou investigados por participarem dos ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado, também quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram.
No dia 8 de abril deste ano, o Judiciário estadual de SP informou ao STF sobre a quebra da tornozeleira. Além disso, a Justiça aponta que Fátima não está se apresentando à Comarca de Bauru desde o dia 26 de março deste ano. Não há mandado de prisão público.
De acordo com o portal de notícias Uol, pelo menos 10 pessoas condenadas pelos atos fugiram para o Exterior neste ano pelas fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os destinos delas foram a Argentina e o Uruguai.
Dois advogados da bauruense procurados pelo Uol não prestaram esclarecimentos sobre o caso.
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