Em sessão marcada por voz de prisão, copo quebrado e manifestações de protesto, Câmara de Bauru aprova concessão da estação de tratamento de esgoto à iniciativa privada
Foi aprovado, no começo da madrugada desta terça-feira (14), pela Câmara Municipal de Bauru, o projeto de lei (PL) que autoriza o Executivo a conceder à iniciativa privada o tratamento de esgoto da cidade. O texto já foi sancionado pela prefeita Suéllen Rosim (PSD).
O PL foi aprovado pela maioria votante, com 8 votos favoráveis e nenhum contrário. A oposição ao atual governo se recusou a participar da votação e deixou o plenário antes do término da sessão.
Foram favoráveis ao projeto os vereadores Edson Miguel (Republicanos), Beto Móveis (Republicanos), Fabiano Mariano (SD), Miltinho Sardin (PSD), Júlio César (PP), Marcelo Afonso (PSD), Renato Purini (MDB) e Markinho Souza (MDB), os únicos que permaneceram no plenário. O presidente da Casa, Junior Rodrigues(PSD), não vota neste caso.
Antes de saírem do Legislativo, a oposição protestou sobre possíveis irregularidades cometidas pelo presidente da Câmara, Junior Rodrigues, na nomeação dos relatores, responsáveis por avaliar o PL. Durante a discussão, Eduardo Borgo (Novo) , deu voz de prisão ao presidente da Casa por prevaricação. Junior rebateu com outra voz de prisão ao vereador por falsa comunicação de crime. Eduardo Borgo, então, deixou o Legislativo para registrar um boletim de ocorrência.
Chiara Ranieri (União Brasil), após ter seu pedido de suspensão da sessão negado, quebrou propositalmente um copo de vidro com água no chão da casa. A discussão então teve de ser interrompida, novamente, para que o local fosse limpo. Além disso, a sessão foi suspensa por diversas vezes por manifestações infladas do público presente no plenário
O governo argumenta que o projeto resolve dois grandes problemas do município numa única proposta - a drenagem das Nações e o tratamento de esgoto. Já a oposição teme que os custos dessas obras seja incorporado à conta final e que isso deverá elevar o custo do consumidor de água e esgoto (DAE).
As obras também não começam e nem terminam de imediato. A ETE, por exemplo, terá quatro anos para ser concluída. Já a obra de drenagem na Nações tem prazo de sete anos para ser finalizada.
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