Baixa no bolso
Ninguém aguenta mais tanto aumento. Desta vez, os clientes abastecidos pela Cemig receberam faturas mais caras. Mesmo sendo um índice baixo, mesmo assim, vai fazer diferença no bolso do consumidor, principalmente, daqueles que vivem apenas de um salário mínimo.
Famílias de baixa renda serão as que mais sentirão o peso das contas mais caras em seus frágeis orçamentos domésticos. Já não basta o preço dos alimentos nas alturas, onde o litro de leite está sendo vendido por mais de cinco reais. Qualquer tipo de aumento afeta naqueles que precisam contar moedas para pagar as contas no final do mês.
Caso haja o acionamento das bandeiras tarifárias, a conta ficará mais cara. Esse acréscimo é causado pela baixa das reservas nas hidrelétricas no Brasil. Nós somos um dos países mais dependentes deste tipo de geração de energia do mundo. Como a produção elétrica depende destas reservas de água, em determinados períodos do ano fica mais difícil produzir eletricidade (época de maior seca).
Para compensar as baixas reservas e o alto consumo, é necessário acionar mais usinas termelétricas, que tem um custo maior do que as hidrelétricas. Por isso, é necessário subir a tarifa e forçar a diminuição do consumo. Esperamos que chova o suficiente para que não haja o acionamento das bandeiras.
A população em geral vai sentir em todo o orçamento, até porque para a indústria também haverá reajuste, sentirá no caixa o impacto e com isso repassará para o consumidor final, resumindo, tudo ficará mais caro do que já está.
Esses aumentos repercutem na elevação dos custos de produção, em parte deverão ser repassados ao preço final das mercadorias. Economistas não têm uma visão otimista para o futuro, tudo indica que a inflação deve continuar alta, empobrecendo cada vez mais a população brasileira. Agora, soma alto preço da energia com o preço do combustível e a desvalorização do real... vai encarecer ainda mais o principal de tudo: os alimentos.
No começo do mês, foi divulgada uma pesquisa feita pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), mostrando tristes dados. São cerca de 33 milhões de brasileiros passando fome, é quase o dobro do registrado em 2020. Com a inflação sempre em alta, a tendência é só piorar...
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