Doutorando de Guaxupé conquista premiação internacional em Ciência da Computação
Bruno Florentino é o primeiro sul-americano a conquistar o prêmio na categoria de Ciência da Computação.
O doutorando Bruno Rafael Florentino, natural de Guaxupé, foi premiado com a Medalha de Ouro "Thomas Clarkson", sendo reconhecido como o melhor do mundo na categoria "Ciência da Computação" no Global Undergraduate Award 2024, realizado na Irlanda. O prêmio é um dos mais prestigiados no cenário acadêmico global, voltado para a valorização dos melhores trabalhos de graduação.
Bruno, que iniciou sua trajetória acadêmica no curso de Física no IFSC/USP, acabou se apaixonando pela área de Biologia Molecular Computacional e migrou para o curso de Ciências Físicas e Biomoleculares. Sob a orientação do professor André Ponce de Leon, ele aprofundou suas pesquisas no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), focando na predição de interações entre proteínas.
A pesquisa que rendeu a Bruno o reconhecimento global foi o desenvolvimento da ferramenta "Bioprediction PPI", que automatiza a predição de interações entre sequências biológicas, especialmente entre proteínas. Seu trabalho se destaca por permitir que biólogos, sem conhecimento em programação, possam treinar seus próprios modelos preditivos. Esse avanço oferece uma solução mais acessível para pesquisadores de diversas áreas.
O Global Undergraduate Award é uma organização sem fins lucrativos que reconhece anualmente os melhores trabalhos de estudantes de graduação de todo o mundo. Fundado em 2008, o programa expandiu-se internacionalmente, aceitando trabalhos de estudantes de qualquer instituição de ensino superior. Bruno Florentino é o primeiro sul-americano a conquistar o prêmio na categoria de Ciência da Computação, o que coloca Guaxupé e o Brasil em destaque na pesquisa acadêmica internacional.
Com o prêmio em mãos e a cerimônia de entrega marcada para novembro, em Dublin, Bruno segue em seu doutorado no ICMC/USP, buscando parcerias com biólogos para validar sua ferramenta em experimentos "in vivo", com o objetivo de torná-la uma solução prática e inovadora no campo da bioinformática.
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