Boa Esperança do Sul terá candidatura única nas eleições pela primeira vez; Coligação encabeçada pelo atual prefeito recebe apoio de todos as siglas partidárias

Boa Esperança do Sul terá candidatura única nas eleições pela primeira vez; Coligação encabeçada pelo atual prefeito recebe apoio de todos as siglas partidárias

O atual prefeito de Boa Esperança do Sul Manoel do Vitorinho (MDB) e seu vice André Piassalonga (PP), eleitos pela primeira vez em 2020, vão tentar a reeleição este ano, porém, pelo que se indica, sem candidatos concorrentes. Será a primeira vez da história da cidade que a eleição municipal terá uma candidatura única para a prefeitura. 
A decisão ocorreu durante a convenção municipal da coligação "Por Amor à Boa Esperança", formada pelos partidos MDB, PP, PT, Republicanos e União Brasil.  Nas eleições 2020, Manoel do Vitorinho foi eleito com 53,78% dos votos; foram 3.981 votos no total. Manoel derrotou o ex-prefeito Fabião, que ficou em segundo lugar com 44,09% dos votos.
“Boa Esperança do Sul escreve um novo capítulo em sua história política. É uma honra oficializar novamente meu nome, junto com o do meu parceiro André, como pré-candidato a prefeito e vice de nossa amada cidade. É gratificante receber o apoio de cinco partidos de uma vez. Pela primeira vez na história, a cidade caminha para uma candidatura única”, ressaltou Manoel.
Além de Manoel e André, foram oficializadas 50 pré-candidaturas ao legislativo incluindo homens e mulheres. Durante a convenção, diversas autoridades locais e regionais estiveram presentes, como o ex-deputado federal e ex-prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (MDB); o vice-provedor da Santa Casa de Araraquara, Marcos Daniel, pré-candidatos da região e lideranças políticas locais.

 

Manoel denunciou esquema de propina no MEC

Em 2022, o nome de Manoel do Vitorinho ganhou repercussão nacional após a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, detido pela Polícia Federal em 22 de março de 2022. Ribeiro foi o principal alvo de uma investigação que apontou os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência, em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).
Segundo apontou a Polícia Federal, a mando do ex-ministro, dois pastores atuavam informalmente junto a prefeitos para a liberação de recursos do MEC aos municípios, mediante pagamento de propina.
Manoel do Vitorinho foi um dos prefeitos que recebeu a “proposta” do pastor Arilton Moura pediu, um dos alvos da investigação. Em depoimento à Polícia Federal, o prefeito de Boa Esperança do Sul confirmou que o pastor pediu R$ 40 mil de propina para enviar verbas do MEC ao município. O fato ocorreu em março de 2021, após um encontro de gestores municipais com o ministro Milton Ribeiro, em Brasília.
“Ele [Arilton] falou: ‘prefeito, você sabe como as coisas funcionam, não dá pra ajudar todas as cidades, mas eu posso ajudar seu município’. Perguntei como e ele [Arilton] disse que era com uma escola profissionalizante. Respondi que isso não era uma necessidade do município e ele disse: ‘olha prefeito, eu consigo fazer um papel, um ofício agora, te libero a escola, mas em contrapartida você precisa depositar R$ 40 mil na conta da igreja evangélica’. Eu levantei, bati no ombro dele e falei: ‘muito obrigado, pastor. Pra mim, dessa forma, não serve!’”, contou Manoel do Vitorinho à época.