Central de Medicamentos passa a ter estoque regularizado; saiba como consultar os produtos da farmácia pela internet

A reportagem do Noticiantes visitou a Central de Medicamentos da Prefeitura Municipal de Bariri na manhã de quarta-feira (12), a pedido da Diretora de Saúde Ana Paula Falcão. No local, Ana Paula e Francislaine Moretto (farmacêutica responsável), mostraram as prateleiras do estoque carregadas de medicamentos, após quatro meses de hiato – o estoque da farmácia municipal não era abastecido desde outubro de 2024.
“Quando a gente assumiu, pegamos o período de férias coletivas; grande parte das empresas que entregam os remédios estavam em recesso. Começamos a fazer os empenhos e os pedidos. Teve toda a questão da logística até chegar. Isso demandou um certo tempo e a população foi muito compreensiva, apesar de estar sofrendo há meses. A administração Airton Pegoraro / Paulo Kezo deu a resposta agora, mostrando que o trabalho não para com muita competência e transparência. Agora está tudo em ordem, graças a Deus”, celebrou Ana Paula.
Desde que assumiu O Executivo em 1º de janeiro de 2025, o prefeito Airton Pegoraro (Avante) deu diversas declarações públicas, dizendo que a prioridade inicial do governo seria compra de medicamentos.
“Os pacientes autistas tiveram a interrupção do tratamento. Os risperidonas que esses pacientes utilizam estavam há um bom tempo sem estoque em Bariri. A preocupação também era com relação aos psicotrópicos, medicamentos de uso controlado para depressão, síndrome de pânico, os psiquiátricos. Os pacientes estavam em surto. Temos vários casos na cidade que, ou o paciente come ou compra medicamento. Isso estava muito preocupante. A falta de medicamentos estava aumentando a demanda do pronto-socorro desses pacientes surtados. Mas a tendência é normalizar tudo isso”, disse Ana Paula.
Nos últimos dias, a Central de Medicamentos foi abastecida com produtos como anti-hipertensivos (para tratamento de hipertensão arterial), medicamentos psiquiátricos, ritalina ou metilfenidato (para transtorno de déficit de atenção/hiperatividade), e antipsicóticos como a risperidona.
“Recebemos todas as dosagens e já estamos fazendo a reposição desses itens para não deixar mais o estoque com buraco. Ainda estamos com problemas no atendimento de alguns medicamentos importantes, mas já estamos correndo atrás para normalizar o mais rápido possível. Com o recesso, até a normalização das distribuidoras e empresas onde nós adquirimos essas medicações é um pouco moroso. Como é licitação, temos que aguardar todo o transcorrer do processo”, completou Francislaine.
Entre os medicamentos já comprados (que ainda não foram entregues) e os que estão em processo licitatório, a farmácia ainda demanda de remédios para dor (analgésicos), como Tramol, Codeína com Paracetamol e Paroxetina (antidepressivo).
Movimento da farmácia ultrapassou 400 pessoas em um único dia
Outra reclamação da população baririense é relacionado à espera no atendimento da Central de Medicamentos, que conta com um sistema de senhas. Ana Paula pediu desculpas à população, mas explicou que, com o estoque pouco a pouco sendo regularizado, é natural que o volume de pacientes tenha aumentado nos últimos dias, uma vez que muitas pessoas que aguardavam remédios desde de outubro estão procurando a farmácia central para finalmente adquirirem os produtos recém-chegados.
“Agora, a pessoa chega e tem o medicamento. Tem que aguardar, mas pelo menos sai com a receita médica completa. Na terça-feira (11), os atendimentos ultrapassaram 400 pessoas. A farmácia fecha 17h e fica aberta durante o horário de almoço. Por conta da demanda reprimida, a pessoa não vem com uma receita só, mas com várias; isso demanda tempo”, explica a diretora de Saúde.
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