Reunião do Conseg revela que Bariri não está preparada para possíveis acidentes químicos
O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Bariri realizou mais uma reunião, na última terça-feira (27), colocando em foco a discussão sobre medidas de evacuação em casos de acidentes químicos. A iniciativa do Sargento Villares, do Corpo de Bombeiros, considerando a presença de empresas que lidam com substâncias químicas e a necessidade de preparação para lidar com possíveis incidentes.
Durante a reunião, o sargento apresentou estratégias para evacuação em situações de risco químico. A cidade, infelizmente, tem experiência anterior com um vazamento de amônia em maio de 2023. Na ocasião, a falta de efetivo impediu que Bariri realizasse um isolamento adequado da área, resultando em consequências prejudiciais, incluindo o desmaio de uma professora da Escola Eurico Acçolini, localizada a 2,4 km de distância do local do vazamento.
O sargento alertou para a iminência de novos vazamentos e destacou a necessidade urgente de conscientização sobre acidentes desse tipo. Um dado alarmante foi revelado durante a apresentação: a falta de equipamentos no Corpo de Bombeiros para identificar vazamentos químicos e para alertar a população.
O impacto do vazamento de amônia em maio do ano passado não ficou restrito a Bariri. O cheiro da substância foi percebido em Itaju, localizada a 13 km de distância, ressaltando a importância de medidas mais efetivas de prevenção e resposta a acidentes químicos.
Na busca por soluções, a reunião contou com a presença da diretora municipal de Educação, Silmara Beltrami, após várias tentativas do Conseg com a ex-diretora da pasta, Stefani Borges. Uma proposta concreta surgiu durante o encontro: a criação de um calendário para treinamento de evacuação nas escolas em caso de acidentes químicos. A ideia visa preparar alunos e funcionários para reagirem de maneira eficaz em situações de emergência.
Ainda segundo Villares, o pronto-socorro da cidade não possui estrutura para tratar de vítimas de acidente com produtos químicos de grande escala.
Outro plano apresentado foi a implementação do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) em Bariri. O PAM é uma associação voluntária entre empresas e poder público voltada a ampliar a segurança contra incêndios e outros incidentes nas áreas das empresas. O objetivo é trazer maior segurança a funcionários e população do entorno, além de diminuir danos e prejuízos decorrentes de sinistros. A grande ferramenta é a articulação e integração entre as diversas empresas.
Dada a variedade de riscos presentes na cidade, como fluxo de veículos com produtos químicos nas rodovias, silos, aeroclube, margens de rio, barragens, torres de alta tensão, incêndios em matagais, olarias e usinas, a adoção de um plano coordenado de resposta a emergências é essencial.
A conclusão da reunião deixou claro que há muito a ser feito para aprimorar a segurança e existe uma defasagem de informação e treinamento da população do município.
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