Doenças virais: Bariri registra aumento de casos de Covid-19 e monitora adolescente suspeito de contrair Mpox

Doenças virais: Bariri registra aumento de casos de Covid-19 e monitora adolescente suspeito de contrair Mpox

Por Thaisa Moraes

Duas notas emitidas pela Diretoria Municipal de Saúde deixaram a população de Bariri alerta nesta semana. Segunda-feira (02), a Vigilância Epidemiológica informou o aumento de casos positivos de Covid-19. Segundo Neusiely Podanoschi, responsável pelo setor, entre sexta-feira passada (30) e o início desta semana, 18 novos casos foram registrados. A orientação é que a população volte a utilizar máscaras de proteção facial.

“Nós observamos um aumento do número de casos positivos. Os sintomas são leves, as pessoas estão passando bem pela doença e não temos ninguém internado neste momento. Não existe nova variante circulando em nosso município. Só tivemos a delicadeza de alertar a população a utilizar máscaras, principalmente nas visitas as unidades de saúde e locais de grande concentração de pessoas, como supermercados”, explica Neusiely.


Todas as unidades de saúde de Bariri estão equipadas com testes que detectam Covid-19. Os sintomas da doença são similares aos da gripe comum (tosse, dor no corpo, febre, coriza). A Vigilância estuda a possibilidade de voltar a divulgar boletins periódicos sobre a doença como forma de conscientizar a população.

 

Vacinação de Covid-19 tem baixa adesão no município

De acordo com a enfermeira Angélica Fanti, pouquíssimas pessoas estão procurando as unidades de saúde de Bariri para receberem o imunizante contra a Covid-19.

“Nesta semana, nossa equipe aplicou apenas seis doses da vacina; a adesão continua baixa. Como a procura está baixa, para evitar desperdícios, abrimos dias específicos na semana para a vacinação: todas as terças-feiras no Centro de Saúde, das 7h às 12h45; e todas as quintas-feiras no Posto da Caixa D’água, das 7h às 12h45”, diz Angélica.


O imunizante disponível em Bariri é o XBB, fabricado pela farmacêutica Moderna. 

“Até agora, todos os pacientes que tomaram a vacina da Moderna não relataram nenhum tipo de reação. É uma vacina de um laboratório conceituado, que não está tendo indícios de reação. A Covid está voltando justamente por conta da baixa adesão à vacinação. A cada seis meses ocorre o pico de sazonalidade, por isso a importância de se proteger. Pedimos que toda a população se atente à carteira de vacinação. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor é risco de reintrodução da doença”, completa a enfermeira.

 

Plantão no domingo

Em 29 de setembro (domingo), as equipes do Centro de Saúde e do Posto da Caixa D'água farão plantão, das 7h às 13h, para atualização das carteirinhas de vacinação. A ação contará com pipoca, algodão doce e trenzinho para as crianças.

CENTRO DE SAÚDE: Av. Dr. Antônio Galizia, 107, Centro
POSTO DA CAIXA D’ÁGUA: Av. Orlando Belluzzo, 700, Vila Santa Helena

 

Bauru confirma primeiro caso de Mpox e Bariri monitora suspeito 

A Secretaria Municipal de Saúde de Bauru confirmou, nesta terça-feira (03), o registro do primeiro caso Mpox no município. Trata-se de paciente do sexo masculino, de 32 anos, que apresentou os primeiros sintomas em 25 de abril. Ele tinha histórico de viagem para o Exterior; em 12 de abril foi para França e Guiana Francesa, retornando ao país em 9 de maio.
Também nesta terça-feira (19), a Diretoria de Saúde de Bariri informou, por meio de nota, que monitora um caso suspeito no município. Trata-se de um adolescente que não teve a idade informada, que teve contato com uma pessoa de São Paulo Capital. O paciente está em isolamento domiciliar e é acompanhado diariamente pela Saúde municipal.

“O paciente está evoluindo bem. É uma doença de evolução boa; o ciclo dura até 30 dias e, enquanto não fechar as feridas a pessoa pode transmitir. Mas, apesar do ciclo longo, os sintomas são de leves a moderados. O vírus é primo da varicela; os pacientes acometidos gravemente pela doença são os imunocomprometidos, que possuem HIV; esses pacientes são os que mais devem ser observados”, salienta Neusiely.


Quando a notícia veio à tona nesta semana, pais e mães de alunos em idade escolar manifestaram preocupação, uma vez que o adolescente frequenta a escola e pode ter tido contato com outros jovens. Neusiely tranquilizou a população e afirmou que não há motivo para alarde, já que o isolamento foi realizado de forma rápida.

“Juntamente com o Setor de Educação, nós optamos por não divulgar escola ou série, pois esse adolescente pode sofrer preconceito ou discriminação quando retornar à escola. É uma maneira de poupar esse menor de bullying. Ele parou de frequentar a unidade de ensino um tempo antes do aparecimento das lesões da face. Pedimos que as mães fiquem calmas, pois não há motivo para pânico. O Setor de Educação vai trabalhar esse tema em todas as escolas”, completou a responsável pela Vigilância Epidemiológica.


O adolescente foi submetido ao exame para comprovar se realmente trata-se de contaminação por Mpox. O resultado deve ser entregue pelo Instituto Adolfo Lutz no prazo de 15 dias. 

 

Sobre a Mpox
A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral. Apesar do antigo nome usado (varíola dos macacos), macacos não são reservatórios do vírus da varíola. É possível que a infecção tenha sido transmitida para seres humanos, tendo como fonte pequenos roedores das florestas tropicais da África, principalmente na África Central e Ocidental. 
A principal forma de transmissão é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente infectados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente. Ainda não há vacina disponível no SUS.

 

Sinais e sintomas da Mpox

•    Erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas, feridas com casca ou não);
•    Adenomegalias, que se caracterizam por linfonodos inchados e também são denominados de “ínguas”;
•    Febre;
•    Dores no corpo;
•    Dor de cabeça;
•    Calafrio;
•    Fraqueza. 

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podem formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a várias lesões, e podem ocorrer em qualquer parte do corpo como rosto, palma das mãos, planta dos pés, boca, olhos, órgãos genitais e no ânus. 
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas do mpox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.