Ministério Público apura conduta do Conselho Tutelar de Bariri, que não enviou representantes no dia do atentado envolvendo alunas da Escola Eurico

Ministério Público apura conduta do Conselho Tutelar de Bariri, que não enviou representantes no dia do atentado envolvendo alunas da Escola Eurico

O Ministério Público do Estado de São Paulo, comarca de Bariri, atendeu um ofício protocolado pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), e apura a conduta do Conselho Tutelar de Bariri em relação a tentativa de homicídio registrada na última sexta-feira (26), na Escola Municipal Profº Eurico Acçolini – atentado que envolveu duas menores de idade.

“Em reunião de 30 de julho de 2024, estando presentes a Senhora Diretora Municipal de Educação (Silmara Beltrami), e o representante da Polícia Militar (Capitão Alexandre Urbano), bem como outros componentes, anunciou-se a informação de que os membros do Conselho Tutelar, nada obstante terem sido acionados para pronto comparecimento ao local, não se fizeram presentes por nenhum representante para acompanhar a ocorrência, limitando-se a requerer o envio posterior de relatório escrito pela direção escolar”, diz o ofício.


O documento continua dizendo que os membros do Conseg ficaram preocupados com “consequências negativas à falta de um representante do Conselho Tutelar durante a ocorrência, no que concerne à rápida e eficaz intervenção da rede de proteção para avaliação de perspectivas diversas das relacionadas ao âmbito criminal, em especial no que diz respeito à avaliação do quadro familiar da jovem infratora, bem como de atendimento à própria vítima”.
De acordo com o ofício, a falta de representantes do Conselho Tutelar na ocorrência, mesmo após a solicitação das autoridades, fez com que a adolescente fosse levada à Polícia Judiciária em condições inadequadas e sem a presença de seus representantes legais.
Em resposta ao ofício do Conseg, a Promotoria de Justiça de Bariri informou que “já existe procedimento instaurado para apurar os fatos narrados”.

 

Conselho Tutelar não se manifesta

Nossa reportagem entrou em contato com Meire Gasparoto, presidente do Conselho Tutelar de Bariri. Questionamos se realmente o Conselho não enviou representante na Escola Eurico e o motivo de tal conduta, mas não obtivemos resposta à indagação. 
A presidente do Conselho Tutelar limitou-se apenas a dizer que “todos os fatos já foram esclarecidos ao MP”. Salientamos que o espaço continua aberto, caso o Conselho Tutelar deseje emitir uma nota de esclarecimento à comunidade baririense sobre o assunto.