Prearo acusa Vavá Lins de calúnia, pede indenização no valor de R$ 10 mil e exclusão de vídeo divulgado na página “Tailler Androciolli”

Prearo acusa Vavá Lins de calúnia, pede indenização no valor de R$ 10 mil e exclusão de vídeo divulgado na página “Tailler Androciolli”

Por Thaisa Moraes

Mais um desdobramento da sessão ordinária desta segunda-feira (19), movimentou os bastidores da política baririense. Terça-feira (20), o vereador Ricardo Prearo (PSD) protocolou, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Foro de Bariri), uma “Ação indenizatória por danos morais decorrentes de calúnia e difamação com pedido de tutela antecipada”. 
O alvo da petição é o jornalista e candidato a vereador José Iraldo Androciolli Junior (Avante), conhecido como Vavá Lins, que publicou um vídeo tecendo críticas a Prearo, logo após a Câmara de Bariri arquivar a representação que pedia a cassação do parlamentar por quebra de decoro, por supostamente ter agredido o aposentado Maurício Rodrigues em 10 de agosto.
Na petição, a defesa do vereador define Vavá como “grande estrategista de um dos grupos opositores” e “organizador e executor dos planos de destruição da imagem de Prearo”.

“Na noite do dia 19/08/2024, o requerido gravou um vídeo, também postado em sua rede social, atribuindo, novamente, a conduta supostamente delituosa na pessoa do autor: “que um vereador bateu em um idoso, que foi feito?”. Frisa-se, Excelência, que todos esses fatos chegaram ao conhecimento do requerente através de terceiras pessoas, haja vista que referidas publicações foram postadas na plataforma Facebook, em modo público de visualização. O requerido utiliza-se de meios ardilosos para desabonar a honra e imagem do requerente perante a imprensa, colegas e população baririense”, diz a representação.


Ricardo Prearo solicita “indenização por danos morais” no valor de R$ 10 mil, além da exclusão imediata do vídeo, sob pena de multa diária no valor de R$ 500,00. Até o fechamento desta edição, o conteúdo continuava disponível no Facebook. 
No vídeo em questão, Vavá emite opinião contrária ao posicionamento dos vereadores Edcarlos Santos (PP), Júlio Cesar Devides (PDT), Luis Renato Proti (MDB), Benedito Antonio Franchini (PTB) e Paulo Egídio Grigolin (MDB), os cinco votaram pelo arquivamento da denúncia que pedia o impeachment de Prearo. Ele afirma que Grigolin realizou reunião no escritório de Prearo pouco antes do início da sessão ordinária, diz que Edcarlos mudou seu voto no final de semana, além de reforçar a acusação de agressão contra Prearo. 

“O que podemos esperar dessa política? Na verdade, dá vontade de desistir. Descobri hoje que o dinheiro fala mais alto que a dignidade. Não estou dizendo que alguém foi comprado ou recebeu dinheiro, mas, que um vereador bateu em um idoso; um vereador agrediu verbalmente seus colegas de plenário. E o que foi feito? Não é possível que alguém bata em alguém e que as imagens sejam retiradas e apagadas por uma pessoa que eu sempre respeitei, que é o dono da lanchonete”, diz Vavá.


À nossa reportagem, o jornalista comentou o processo movido por Prearo dando a seguinte declaração: “Não sei no que ele vai se basear. Na publicação, estou exercendo minha função como jornalista (MTB 83690). Ele é uma figura pública e tem que ouvir o que a população diz sobre ele. Na verdade, não falei nada que ofende sua moral; apenas foram feitos comentários sobre o político e não sobre a pessoa. A população precisa saber em quem votar; a população é que escolhe em quem vota. Agora, se eu tiver que ser processado por falar, como fica ele por bater em um idoso e ofender três vereadores com palavras de baixo calão? Isso sim caberia um processo, mas existem coisas e pessoas que não se pode esperar muito”.