Calúnia e difamação: LAV rebate graves acusações de servidoras da Prefeitura de Bariri, recebe apoio de vereadores e leva caso ao MP

“Lamentavelmente, algumas declarações de servidores públicos, especialmente ligados ao setor contábil e financeiro, têm disseminado informações falsas e distorcidas, sugerindo que a instituição recebe valores exorbitantes ou salários incompatíveis com a realidade. Tais afirmações desconsideram a existência de um Termo de Colaboração, instrumento legal que rege a parceria entre o município e as entidades do Terceiro Setor. Não se trata de caridade ou ajuda, como tem sido indevidamente verbalizado, mas de uma parceria formal e legal para a execução de serviços públicos obrigatórios.” – Diretoria do Lar Amor e Vida por meio de nota.
A psicóloga Gabriela Prado, coordenadora do Lar Amor e Vida (LAV), instituição que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, usou a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Bariri na sessão desta segunda-feira (02), para externar uma situação constrangedora que vivenciou. Ela alega que s LAV sofreu ataques verbais de servidoras públicas da Prefeitura Municipal de Bariri, que teriam feito graves acusações sobre as contas da entidade.
Os nomes das servidoras não foram divulgados, mas segundo apurado por nossa reportagem, tratam-se de funcionárias do Setor Contábil, vinculado à pasta de Finanças. Além dos boatos espalhados, uma das servidoras envolvidas ainda teria abordado Gabriela em um supermercado para questioná-la sobre o assunto.
Com isso, Gabriela e demais membros da equipe da LAV marcaram presença no Legislativo, com o objetivo de prestar contas das atividades, solicitar o apoio dos vereadores e da sociedade civil, bem como esclarecer a situações que, de acordo com a instituição, está afetando a integridade da entidade.
“Durante a participação, a instituição expôs os ataques que tem sofrido por meio de calúnias, injúrias e difamações, muitas vezes oriundas de interpretações equivocadas sobre os valores recebidos por meio de parceria com o poder público. É fundamental esclarecer que a LAV executa, com qualidade e responsabilidade, quatro serviços públicos essenciais, que são, na verdade, obrigações do próprio município. Esses serviços são realizados com recursos inferiores aos que seriam necessários caso fossem executados diretamente pela administração pública, demonstrando compromisso, eficiência e economia aos cofres públicos”, diz a nota oficial da LAV enviada à imprensa.
Na sequência, a instituição repudiou a ação, classificando-a como “falta de ética, de impessoalidade e de profissionalismo”, citando o caso ocorrido com a coordenadora Gabriela Prado no supermercado. A abordagem teria ocorrido após Gabriela solicitar reunião com o prefeito Airton Pegoraro (Avante) para pedir auxílio sobre a situação. Segundo a entidade, o chefe do Executivo se isentou.
“Uma representante da instituição foi abordada em local público por uma funcionária da Prefeitura de forma intimidadora, sendo questionada a respeito de dados internos e sigilosos, logo após conversa com o prefeito. Tal conduta é totalmente incompatível com o que se espera de servidores públicos, além de comprometer o sigilo e a integridade da gestão municipal. A instituição solicita respeito, transparência e retratação por parte dos responsáveis, além de reforçar que continuará atuando com dedicação, responsabilidade e compromisso social, como tem feito ao longo de sua trajetória. A LAV reafirma sua disposição para o diálogo e para o fortalecimento das boas práticas de parceria entre o poder público e as organizações da sociedade civil”, finaliza.
A LAV executa o total de quatro serviços: Acolhimento Institucional (desde 1995); Serviço de Conviência e Fortalecimento de Vínculos (Espaço Amigo, desde 2022); Serviço de Medida Socioeducativa em Meio Aberto (desde 2022); e Serviço de Família Acolhedora (desde 2024).
Após externar a situação e mostrar diversas melhorias feitas na instituição ao longo dos anos, Gabriela Prado e toda a equipe da LAV presente na sessão receberam apoio dos vereadores. Lenadro Gonzalez comentou sobre uma das providências tomadas pelo jurídico da LAV por conta da situação: a entidade levou o caso ao Ministério Público.
“Eu acredito no trabalho de vocês. Todo serviço é divulgado no Portal da Transparência, que é uma obrigação. Existe essa prestação de contas que vocês fazem para dar transparência à população. Entidades como a LAV geram economia ao município; isso é estatístico quando o serviço é terceirizado ao Terceiro Setor. Se todos os serviços voltassem para a prefeitura, ficaria sucateado e mal feito”, disse Leandro.
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