Comissão Processante recebe últimas alegações da defesa de Abelardinho; relator prepara parecer final

A Comissão Processante que investiga denúncia de quebra de decoro em face do Prefeito Municipal de Bariri, Abelardo Mauricio Martins Simões Filho (MDB), recebeu segunda-feira (30) as alegações finais da defesa do prefeito. O próximo passo, a partir de agora, é a entrega do relatório final da CP, tarefa que está a cargo do relator Edcarlos Santos. Além dele, a comissão também é composta pelos vereadores Júlio Cesar Devides (presidente) e Luís Renato Proti “Escadinha” (membro).
A expectativa é que o relatório final seja entregue no início da próxima semana – uma vez que o primeiro relatório da comissão foi entregue no prazo de cinco dias úteis após a manifestação inicial do prefeito. Tudo indica que o mesmo prazo de cinco dias seja novamente seguido.
“Agora, com a denúncia em mãos, depois de ouvir as testemunhas e receber as alegações finais, tenho a responsabilidade de produzir um parecer final sobre o processo. A denúncia está em nossas mãos desde o dia 11 de setembro. A defesa prévia foi entregue no dia 25 do mesmo mês e ouvimos as testemunhas e o prefeito entre os dias 16 e 23 de outubro, para completar as peças do processo”, destaca Edcarlos.
Os três integrantes da CP foram sorteados na sessão camarária que aprovou, por unanimidade dos vereadores, a denúncia que pode resultar no impeachment de Abelardinho. O sorteio foi transmitido ao vivo pelo Facebook do Noticiantes e demais órgãos de imprensa que estavam no plenário.
A relatoria da comissão ter ficado a cargo de Edcarlos Santos chama a atenção para o fato de que o nobre é citado no processo do Ministério Público como vítima. Segundo revelaram mensagens trocadas entre Vagner Mateus Ferreira e Gabriel Ferrari, réus da Operação Prenunciados, Abelardinho teria pedido que Vaguinho agredisse Edcarlos em represália às fortes críticas e denúncias do vereador contra a gestão. 
Com relator, Edcarlos tem como dever apresentar um parecer sólido, que irá pautar a decisão seguinte após todo o trabalho de fiscalização. Esse parecer é votado pelos membros da comissão, após ser apresentado e discutido – ou seja, a função do relator envolve a realização de um trabalho minucioso de pesquisas, muito completa e séria, sobre o assunto tratado na denúncia, para então apresentar essas informações de modo a justificar o seu parecer.
“A comissão pautou suas ações dentro do devido processo legal, garantindo a ampla defesa e o contraditório ao prefeito, que através de seu advogado exerceu todos os direitos garantidos na lei. O relator não tem um prazo estabelecido para entregar o parecer, no entanto, sem urgência, pretendo trabalhar tranquilamente, analisando com cautela cada ponto para entregar um parecer final até início da próxima semana”, finaliza Edcarlos.