Cinomose: Focinho Carente solicita à Prefeitura de Bariri lugar adequado para tratamento de animais diagnosticados com a doença, contratação de veterinário e vacinação gratuita

Cinomose: Focinho Carente solicita à Prefeitura de Bariri lugar adequado para tratamento de animais diagnosticados com a doença, contratação de veterinário e vacinação gratuita

A Associação Focinho Carente de Bariri, entidade que acolhe animais em situação de rua, chamou a atenção das autoridades municipais mais uma vez por conta da epidemia de cinomose que atinge o município. Segundo a entidade mais de 50 cães em situação de rua diagnosticados com a doença já morreram em Bariri.
Quarta-feira (14), o Focinho Carente protocolou ofício na Prefeitura Municipal, solicitando que o Poder Público disponibilize um local de acolhimento adequado e exclusivo para tratamento de cães diagnosticados com a doença, que é contagiosa. 

“Protocolamos na prefeitura solicitação para disponibilizarem um local para acolhimento dos cães infectados com a cinomose, para que possam receber um tratamento digno e ficarem acolhidos sem que fiquem nas ruas espalhando mais ainda o vírus. Necessário também um veterinário que seja contratado para cuidar desses animais de rua e de famílias baixa renda. É urgente que tal medida seja tomada”, publicou a associação. 


A entidade ressalta que o alto número de animais em situação de rua existente em Bariri contribuiu diretamente para o crescimento da epidemia. A cinomose é causada por um vírus da família Paramyxoviridae, que afeta principalmente cães, mas também pode ser transmitida a outros carnívoros. A doença é conhecida por sua alta taxa de mortalidade e as sequelas graves que pode deixar nos animais sobreviventes.
Além do lugar adequado para acolhimento dos cães e profissional veterinário, o Focinho Carente também solicitou que o Poder Público disponibilize vacinação gratuita. A vacina para cinomose está dentro do pacote oferecido pelas vacinas V8 , V10 e V11. No caso de filhotes, devem receber três a quatro doses da vacina a partir de 45 dias de vida, com intervalo de 21 a 30 dias entre as aplicações.

“Nós, voluntárias do Focinho Carente, estamos fazendo o impossível para conseguir socorrer e proporcionar atendimento veterinário para esses animais no local em que estão, pois as clínicas veterinárias não internam animais com cinomose e também não é possível leva-los para o abrigo devido ao risco de contágio. Devido a isso, solicitamos que a prefeitura disponibilize um local para acolhimento. Seria necessário também um funcionário que fique responsável por estar indo cuidar desses animais, pois é muito arriscado para nós, voluntárias, ficar manuseando animais com a doença, devido estarmos todos os dias em contato com os animais do abrigo. Informamos que a única maneira eficaz para conter esse sofrimento e amenizar o surto da cinomose é através da vacinação. Por isso pedimos encarecidamente para a prefeitura adquirir doses da vacina, para que sejam aplicadas em cães errantes e de famílias carentes”, finaliza o ofício. 

 

Sintomas da cinomose

Cães com cinomose tem uma ampla gama de sintomas, dependendo de quão avançada a doença está. Uma vez que um cão é infectado, o vírus inicialmente se replica no tecido linfático do trato respiratório e depois passam a infectar o restante do tecido linfático do cão, trato gastrointestinal, o epitélio urogenital, o sistema nervoso central e o nervo óptico. Isso resulta em dois estágios de sintomas.

Estágio um: O primeiro sintoma de cinomose em cães, geralmente é uma secreção nos olhos, seguida de febre, perda de apetite e secreção nasal clara. A maioria dos cães desenvolve febre aproximadamente de 3 a 6 dias após a infecção, mas os sintomas iniciais dependem da gravidade do caso e de como o paciente reage a ele. 
Em geral, os sintomas associados à cinomose em cães durante os primeiros estágios da infecção são: tosse; anorexia; febre e letargia; vômito e diarreia; corrimento nasal claro e corrimento ocular purulento; hiperqueratose das almofadas das patas e do nariz (este sintoma faz com que as almofadas das patas endureçam, o que é desconfortável).

Estágio Dois: Alguns cães desenvolvem sinais neurológicos à medida que a doença progride e ataca o sistema nervoso central. Nesta fase os sintomas incluem: inclinação da cabeça; paralisia parcial ou total; nistagmo (movimentos oculares repetitivos); espasmos musculares; convulsões com aumento da salivação e movimentos de mastigação.