Criança de três anos é picada por escorpião em Bariri; Vigilância Epidemiológica orienta que população limpe terrenos e quintais

Por Thaisa Moraes

A Vigilância Epidemiológica de Bariri confirmou mais um registro de picada de escorpião no município neste ano. A vítima é uma criança de 03 anos, moradora do Condomínio Jequitibá, na zona rural. 
Segundo o departamento, a criança foi socorrida até a Santa Casa de Bariri onde recebeu aplicação do soro antiescorpiônico, único medicamento eficaz para o tratamento de envenenamentos moderados e graves por escorpiões.
Em nota enviada à nossa reportagem, Neusiely Podanoschi, responsável pelo Setor de Vigilância Epidemiológica, fez um alerta para que a população baririense mantenha terrenos e quintais limpos, sem acúmulo de materiais, e fechem todos os ralos. 

“A paciente que foi picada recebeu as ampolas que temos disponíveis no município. A orientação é que a população faça a cobertura dos ralos, mantendo as tampas ou colocando telas; evite acúmulo de materiais (principalmente telhas e madeiras) nos quintais; evite o acúmulo de lixo comum que atrai baratas (principal alimento do escorpião). É uma questão de higiene pessoal. Geralmente, o escorpião vem do esgoto. Os terrenos em Bariri novamente estão ficando com mato alto, em desacordo com as leis municipais. Pedimos a manutenção para os proprietários dos terrenos e das casas que estão fechadas”, destacou Neusiely.

Temporada de escorpiões

Nos meses com temperaturas mais altas, os escorpiões aparecem com mais frequência, de setembro até fevereiro, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 
A rápida reprodução dos animais também é um ponto de atenção, já que conseguem gerar entre 20 e 25 filhotes por gestação, que acontece até duas vezes por ano em um período de quatro anos de vida, em média. 
As espécies fêmeas de escorpião-amarelo e escorpião-amarelo-do-Nordeste têm reprodução por partenogênese, ou seja, elas não precisam acasalar para dar cria.
Os acidentes com escorpiões podem ser leves, moderados ou graves. Nas pessoas, o veneno é capaz de afetar o sistema nervoso e causa muita dor no local da picada, podendo se estender para o membro inteiro. As dores acontecem imediatamente após o ataque. Nos casos moderados, os sintomas podem evoluir para suor excessivo, vômito e taquicardia. Nos acidentes graves, além da dor intensa, pode acontecer salivação, insuficiência cardíaca, edema pulmonar e até mesmo a morte.