De Bariri para o mundo: Assobari vende créditos para empresa suíça Barry Callebaut, considerada a maior fabricante mundial de produtos de chocolate e cacau

De Bariri para o mundo: Assobari vende créditos para empresa suíça Barry Callebaut, considerada a maior fabricante mundial de produtos de chocolate e cacau
De Bariri para o mundo: Assobari vende créditos para empresa suíça Barry Callebaut, considerada a maior fabricante mundial de produtos de chocolate e cacau
De Bariri para o mundo: Assobari vende créditos para empresa suíça Barry Callebaut, considerada a maior fabricante mundial de produtos de chocolate e cacau
De Bariri para o mundo: Assobari vende créditos para empresa suíça Barry Callebaut, considerada a maior fabricante mundial de produtos de chocolate e cacau
De Bariri para o mundo: Assobari vende créditos para empresa suíça Barry Callebaut, considerada a maior fabricante mundial de produtos de chocolate e cacau

Fundada em 25 de janeiro de 2005 por um grupo de agricultores que desejavam unir produtores e incentivar a economia agro local, a Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Bariri conquistou o mundo: a Assobari entra para a história com a venda de créditos para a empresa Barry Callebaut, maior fabricante de produtos de chocolate e cacau, levando o nome do município de Bariri para o mundo.
De acordo com a associação, a expansão das atividades da Assobari a nível mundial começou há 15 anos, com um projeto pioneiro chamado “Protocolo Agro Socioambiental”. A iniciativa, que começou em 2007, aconteceu em parceria com a Organização Internacional Agropecuária (OIA), com a Della Coletta Bioenergia e o Sebrae.
“Depois que colocamos em prática, logo outras entidades tomaram conhecimento e procuraram se informar conosco mais detalhadamente sobre o assunto – especificamente a Bonsucro, empresa de certificação mundial de cana-de-açúcar. A Bonsucro tomou conhecimento no nosso projeto e solicitou o acesso a ele. Baseados em estudos que eles promoveram sobre o projeto, criaram um projeto próprio com o intuito de colocar em prática, mundialmente, para certificar os produtores sustentáveis e não somente as unidades industriais. Fomos a primeira associação de fornecedores de cana a receber a certificação Bonsucro no ano de 2016. No mesmo ano, também conseguimos a certificação RSB – Roundtableon Sustainable Biomaterials”, explica Jô Tanganelli, presidente da Assobari.
A certificação RSB visa garantir que a empresa cumpra com os requerimentos para a produção de biocombustíveis e/ou biomateriais sustentáveis. A sustentabilidade é medida por toda a cadeia de suprimento, sendo que as reivindicações de sustentabilidade são verificadas em matérias-primas, produtos intermediários e produtos finais, garantindo assim que cada elo da cadeia, desde o campo até a distribuição, seja abrangido.
“Em julho de 2019, a Bonsucro criou uma plataforma para negociação de venda de créditos de cana independente de unidades industriais (usinas), onde compradores e vendedores se reúnem para promover a produção sustentável de cana em escala. No dia 29 de julho de 2020, a Assobari conseguiu realizar sua primeira negociação dos créditos de cana, sendo essa a primeira comercialização realizada no mundo. Essas vendas continuaram e, hoje, já vendemos mais de 400 mil créditos de cana certificada, resultando em um valor de mais de R$ 400 mil para o produtor – dinheiro esse que circula na nossa região. A nossa jornada não parou aí! Estamos buscando hoje parceiros para comercialização de crédito de carbono, que já está em fase bem adiantada”, continua Jô.
Acácio Masson Filho, diretor de sustentabilidade da Assobari, destaca que o propósito da Bonsucro é acelerar coletivamente a produção e usos sustentáveis da cana-de-açúcar.
“A Bonsucro conta com mais de 280 membros de mais de 50 países para enfrentar desafios críticos no setor de cana-de-açúcar e impulsionar o desempenho e o impacto por meio de nosso sistema de padrões de sustentabilidade. Atuam em todos os produtos e derivados da cana-de-açúcar – açúcar, etanol, melaço e bagaço em setores tradicionais e novos do mercado, de açúcar e álcool a biocombustíveis e bioplásticos”, salienta Acácio.

Sobre a Barry Callebaut

Atualmente com sede em Zurique, na Suíça, a Barry Callebaut foi fundada em 1911 por Octaaf Callebaut. A empresa começou em um pequeno vilarejo da Bélgica, chamado Wieze. Nos anos seguintes, Octaaf teve tempo de refinar e aperfeiçoar as receitas e são repletas de excelente aroma de chocolate. 
Em 1988, a Callebaut acolheu artesãos do mundo inteiro na primeira escola deste tipo: o Callebaut College, que antecedeu os centros Chocolate AcademyCallebaut. Em 1996, a Callebaut fusiona com a empresa francesa Cacao Barry. A Callebaut continua sendo uma marca 100% belga – com todo o Autêntico Chocolate Belga criado na Bélgica, desde a amêndoa até o chocolate
Hoje, o grupo Barry Callebaut é o maior fabricante de produtos de cacau e chocolate gourmet do mundo. O grupo opera com cerca de 60 fábricas e emprega mais de 11 mil pessoas.
Um dos raros produtores no mundo que tem controle total das matérias-primas até a produção do chocolate: desde a seleção das melhores amêndoas de cacau, a torrefação e moagem em fábricas próprias, garantindo máxima qualidade dos chocolates oferecidos ao mercado. Tem integração com todos os países produtores de cacau no mundo inteiro.
No Brasil, a Barry Callebaut atua por meio de um escritório central localizado em São Paulo, onde também funciona a Chocolate Academy, que ministra cursos e treinamentos para aqueles que desejam aprimorar suas habilidades com o chocolate.
Na Bahia, há duas fábricas de cacau, localizadas em Ilhéus e Itabuna, de onde saem as matérias-primas para as indústrias de chocolate, como o licor ou massa de cacau, a manteiga de cacau e o cacau em pó. No Sul de Minas Gerais, em Extrema, fica a fábrica de chocolates Sicao – a marca regional do grupo.

Confeiteira de Bariri utiliza chocolatesda Barry Callebaut


A confeiteira Vanessa Pultrini Rovaris, 34 anos, moradora de Bariri, usa os chocolates da Barry Callebaut em seus doces. Vanessa começou no ramo da confeitaria em 2015, utilizando a atividade como complemento da renda familiar. 
Casada com Marco Antonio Milani, Vanessa parou de trabalhar com o nascimento da filha do casal, Iara Milani. Anos depois, retomou a confeitaria como atividade principal apostando na fabricação de doces mais saudáveis, como lowcarb, e com outros preparos menos industrializados. 
Assim surgiu “O Cogumelo Doce”, empresa referência na fabricação de doces sem corantes, sem aromatizantes ou essências artificiais. Um dos principais valores da marca é usar o mínimo possível de produtos industrializados em seus processos, sem recheios prontos e ultraprocessados.
Apostando na criação de brigadeiros com os valores da marca, Vanessa conheceu os chocolates da Barry Callebaut. A confeiteira alega que os produtos da empresa suíça entregam qualidade superior aos preparos.
“São chocolates maravilhosos que me permitem entregar ao cliente uma sobremesa de altíssima qualidade e muitas combinações. Eu achei incrível por dois pontos: responsabilidade socioambiental e globalização”, destacou Vanessa.

A importância da Assobari para o produtor rural


De acordo com o vice-presidente Ulisses Fanton, como associação, a Assobari é a união e a representação de empresários rurais, não importando seu tamanho ou riqueza, e está em constante movimento, buscando sempre melhorias, inovações e atualizações.
“A Assobari é a segunda casa do produtor; é aqui que ele encontra a resolução dos seus problemas em relação a sua propriedade em vários âmbitos: na área trabalhista, ambiental, de organização e gestão, econômica, da sua produção, entre outros. Hoje, a Assobari é um exemplo de sucesso, cuja receita é a soma de trabalho honesto de seu corpo administrativo, dedicação dos seus funcionários e confiança de seus associados. A união dessas forças resultou numa entidade plenamente estabelecida”, destaca Ulisses. »
A estrutura que a Assobari oferece aos associados também é mais um diferencial, com destaque para o auditório que abriga palestras e cursos de capacitação.
“Ao longo desses anos, tivemos muitas conquistas para os produtores. Desde sempre, nosso objetivo foi a excelência no atendimento e serviços prestados. Começamos em um espaço pequeno e alugado; hoje, temos uma sede própria ampla, com auditório para atender as demandas de cursos, palestras e treinamentos ofertados não somente aos associados, mas para a comunidade como um todo. Temos softwares e tecnologia de ponta para atender as inovações do mercado do agro e ofertar aos associados, buscamos desde o início convênios para a área da saúde como um todo e também com os comércios da cidade de Bariri e região para contemplar os associados, seus familiares e seus funcionários. Todos esses serviços são ofertados para que o produtor tenha um maior ganho em sua área agricultável, produzindo mais e gastando menos, principalmente para o pequeno produtor, que é a maior parte da Assobari”, finaliza Ulisses.

Projetos em desenvolvimento

Atualmente, a Assobari aposta no desenvolvimento de uma série de iniciativas que fomentam ainda mais a atuação dos diversos setores da associação, como:

• Plano de Colheita: realizado no início do ano junto a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e a Cetesb;

• Participantes do projeto “Etanol Mais Verde”, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo;

• Idealizadora do projeto “Dia do Campo Limpo na Região de Bariri”;

• Na área agrícola são realizados: acompanhamento de plantio e de colheita, amostragem de sacarose, amostragem de solo, levantamento de perdas, levantamento de pragas de solo, levantamento populacional de broca, levantamento populacional de cigarrinhas, mapas com GPS, recomendação de análise de solo, regulagem de implementos agrícolas, soltura de cotésias, marcação de curva de nível, visita em campo, atendimento técnico na sede, projetos de financiamentos bancários, projetos ambientais como outorga, dispensa de outorga, autorização para queima controlada de culturas agrícolas, projetos para recomposição de APP (área de preservação permanente), CAR – Cadastro Ambiental Rural e reuniões de planejamento com as usinas;
• Na área assistencial são oferecidos: consultas médicas com médicos de várias especialidades, exames de laboratórios, eletrocardiograma, ultrassom, raios-X, consultas psicológicas e convênios com comércio de várias cidades de nossa região com descontos especiais; 

• Na área de capacitação profissional, são oferecidos cursos, treinamentos, palestras e reciclagem aos produtores e seus funcionários;

• Projeto “Corteva na Escola”, em parceria com a Della Coletta Bioenergia, Coopercitrus e Corteva para escolas municipais;

• Projeto de inovação com a Bonsucro.

Atuação da Assobari nas outras 
culturas

Segundo o presidente Jô Tanganelli, em 2019, a Assobari alterou o estatuto para poder atender aos produtores de outras culturas. 
“Nossos associados produzem muitas vezes na mesma propriedade diferentes culturas e criação de animais. Na Itabom, implantamos o Cadec; outra área é a pecuária entre a de corte e leiteira. Temos também grandes produtores de amendoim, soja e milho. Para todas essas culturas, buscamos trazer cursos, palestras voltadas para o melhor desenvolvimento do setor, capacitação técnica dos diferentes meios de produção”, afirma Jô.

Alcance regional

Atualmente, a Assobari é filiada à Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana). Ao todo, a associação possui um quadro de aproximadamente 200 associados, abrangendo as cidades de Arealva, Bariri, Bocaina, Boraceia, Iacanga, Ibitinga, Itaju e Guarantã.
Os associados da Assobari fornecem cana-de-açúcar para várias usinas da região, como Della Coletta Bioenergia, Raízen, Usina Santa Fé, Usina Iacanga e Zilor. 
“Contamos com vários departamentos: jurídico, social, capacitação, agrícola, administrativo, projetos e de comunicação. Em 2020, desenvolvemos um sistema de gestão de qualidade através de um projeto criado em parceria com a Solidaridad Brasil, chamado Qualicana. Esse sistema contempla todos os campos necessários para rastrear todos os processos e atividades desenvolvidos na propriedade do associado, e está sendo replicado em outras associações”, explica Jô Tanganelli.