Edcarlos questiona Diretoria de Saúde e Santa Casa sobre longa fila de espera para cirurgias eletivas em Bariri

Edcarlos questiona Diretoria de Saúde e Santa Casa sobre longa fila de espera para cirurgias eletivas em Bariri
Edcarlos questiona Diretoria de Saúde e Santa Casa sobre longa fila de espera para cirurgias eletivas em Bariri

ara Municipal de Bariri, dois requerimentos do vereador Edcarlos Santos questionaram a situação da fila de espera das cirurgias eletivas no município. Segundo justificou o nobre, ele vem sendo abordado constantemente por vários munícipes que aguardam há bastante tempo a realização dos procedimentos.
O requerimento nº 54/2023 foi direcionado exclusivamente à Diretoria Municipal de Saúde, pasta comandada por Irene Chagas. No documento, o nobre pede a diretoria informe “qual o número de pessoas na fila de espera para fazer cirurgias eletiva”, e esclareça ainda “quais os tipos de cirurgia, a quantidade de pessoas aguardando e o tempo estimado de espera”. 
 “A Saúde, infelizmente, está deixando muito a desejar. Só o pobre entende a situação do pobre. Tem uma fila interminável de pessoas que querem fazer cirurgia de catarata, de vesícula, de hérnia, laqueadura, vasectomia... a fila só aumenta! Jogam para cá e para lá; ninguém sabe quando vai sair. Se for cirurgia ortopédica, é uma fila de 5 a 10 anos. Essa é uma situação que precisamos identificar. Quantas pessoas estão esperando? Qual é a prioridade? A prioridade não pode ser outra coisa a não ser tratar da saúde da população baririense. Precisamos saber qual é a realidade para fazermos gestão política em cima disso”, comentou Edcarlos.
Já o requerimento nº 56/2023 foi direcionado à Santa Casa de Misericórdia de Bariri, entidade comandada pela gestora Marina Prearo. Segundo o parlamentar, o hospital está cumprindo menos da metade das cirurgias que deveria executar mensalmente, conforme estabelecido pelo Sistema Único de Saúde. 
“A Santa Casa tem contrato com o SUS e tem responsabilidades. É preciso que sejam feitas 25 cirurgias eletivas no mês. Não estão fazendo nem 15. Não estão realizando as cirurgias. Minha esposa está há meses esperando; nós usamos o SUS.  O ultrassom deu pedra na vesícula e estamos na fila. As filas não andam. Se é para fazer 25 cirurgias no mês e estão fazendo 10, têm 15 pessoas na fila (entre elas minha esposa). A pessoa vai no pronto-socorro com dor e a fila não anda. Se a Santa Casa quiser reduzir número de pessoas com dor no PS, tem que começar a fazer essas cirurgias”, concluiu.

 

Vereador desmente velha desculpa da administração para justificar gasto com eventos e dispara: “o prefeito não pode sacrificar o olho de uma pessoa que está aguardando cirurgia de catarata para fazer festa”
O assunto das cirurgias eletivas também foi abordado na “Palavra Livre” de Edcarlos Santos. Na tribuna, o vereador chamou a atenção pata o investimento da administração do prefeito Abelardo Maurício Martins Simões Filho (MDB) na realização de eventos (como o Bariri Rodeio Show) e, em contrapartida, a escassez de orçamento em relação à Saúde Pública. 
“Não se pode comprometer a saúde da população baririense para pagar festa. Quantas pessoas estão esperando para fazer cirurgia de catarata, correndo risco de ficarem cegas? Estão sacrificando o olho de um munícipe. Essa festa custou o olho da cara de algum baririense. Há uma fila interminável para fazer cirurgia de catarata e não há dinheiro para isso. O prefeito não pode deixar esse tanto de pessoas esperando para fazer festa”, ponderou Edcarlos.
O nobre ainda foi enfático ao explicar que o discurso geralmente utilizado pelo Executivo (no qual é dito que o dinheiro de eventos é exclusivo da Cultura e não pode ser destinado à outras áreas, como Saúde), neste caso, está equivocado. Edcarlos relembrou que, desde o ano passado, o próprio Abelardo incluiu, no orçamento municipal, o valor do investimento do Executivo para festas e eventos em Bariri. 
“Se você não entende de orçamento público é melhor ficar quieto. O dinheiro desse show foi reservado; desde o ano passado está programada a quantidade que o prefeito iria usar para a farra. Não veio verba estadual, federal, ou nenhum programa de governo destinado exclusivamente para pagar festa. Esse dinheiro saiu do fruto do seu imposto – fonte direta que poderia estar sendo usada para qualquer coisa, inclusive para as cirurgias de catarata. É lamentável a situação da saúde pública em Bariri. Essa festa custou o olho da cara (mas não do prefeito). Custou o olho da cara de alguém que está na fila aguardando a cirurgia de catarata”, finalizou o parlamentar.