Ex-presidente da Cohab Bauru é condenado a 18 anos de prisão por desvios milionários
O ex-presidente da Companhia de Habitação Popular de Bauru, a Cohab, Edison Bastos Gasparini Júnior foi condenado por desvio de quase R$ 55 milhões da companhia. A decisão foi publicada segunda-feira (04), pela Justiça de Bauru. A pena estipulada é de 18 anos, seis meses e 13 dias de prisão em regime fechado.
O ex-diretor administrativo da companhia, Paulo Sérgio Gobbi, e a ex-secretária de Gasparini, Miriam Navarro, foram condenados a 10 anos, sete meses e três dias de prisão, também em regime fechado.
A sentença foi dada pelo Juiz Fábio Correia Bonini e permite que os envolvidos recorram em liberdade. O ex-chefe do setor contábil, Marcelo Alba, e a ex-chefe do departamento financeiro, Thayná Maximiano Salcedo, foram absolvidos na decisão por falta de provas.
Segundo revelado pela "Operação de João de Barro", deflagrada em 2019 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, o montante desviado deveria ter sido utilizado para o pagamento parcial de dívidas da Cohab com a Caixa Econômica Federal, referente a seguros habitacionais que não foram pagos entre os anos de 1998 e 2010.
Durante os mandados de busca e apreensão cumpridos na operação, mais de R$ 1,6 milhão em dinheiro na casa do ex-presidente da companhia, Edson Bastos Gasparini Júnior, apontado como o operador do esquema.
Em nota, o advogado de Gasparini, Leonardo Magalhães Avelar, afirma que "a defesa técnica recebe a sentença com indignação por estar em completo descompasso com a prova produzida na instrução criminal. Ao mesmo tempo, tem plena convicção de que a sentença será reformada nos Tribunais, assim como ocorreu nos outros seis procedimentos criminais que Edison Gasparini já foi inocentado."
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