Gaeco de Bauru envia “caso hacker” ao Ministério Público Federal
A denúncia de que Walmir Henrique Vitorelli, cunhado da Prefeita Municipal de Bauru, Suéllen Rosim (PSD), teria contratado um hacker para investigar desafetos do governo, foi enviada ao Ministério Público Federal (MPF), após despacho dos promotores Ana Maria Romano, Nelson Febraio Júnior, Gabriela Gonçalves Salvador e Paula Garmes Coube, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Em suma, a promotoria concluiu que existe “internacionalidade do delito”, que “os atos executórios foram praticados no exterior”, e que “eventuais resultados produzidos no Brasil conduzem a competência para julgar e processar os fatos à Justiça Federal”.
Os promotores determinaram a remessa das investigações à Procuradoria da República – o Ministério Público Federal – de São Paulo, que vai avaliar uma eventual instauração de inquérito.
Relembre o caso
Representação assinada por 12 vereadores de Bauru pediram ao Gaeco investigação contra um hacker, supostamente contratado pela equipe da prefeita Suéllen Rosim, para espionar adversários políticos.
Segundo a denúncia, a contratação do hacker teria sido articulada por Walmir Henrique Vitorelli Braga, cunhado da prefeita de Bauru e ex-assessor do deputado estadual Paulo Corrêa Júnior (ele acabou exonerado do cargo após repercussão do caso).
Em 2021, Walmir teria solicitado que o hacker invadisse as redes sociais de políticos e adversários. Dentre as possíveis vítimas dos ataques cibernéticos, estão o jornalista Nelson Itaberá e a vereadora de Bauru Estela Almagro.
O hacker em questão é Patrick César da Silva Brito, preso pela Interpol na Sérvia. Ele passou a ser investigado depois que o e-mail de Dilador Borges (PSDB), prefeito de Araçatuba-SP, foi invadido, em dezembro de 2020. O caso está sendo investigado em segredo de justiça.
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