Requerimentos dos vereadores Edcarlos Santos e Myrella Soares questionam condutas da diretora de saúde, Irene Chagas, com servidores públicos

Requerimentos dos vereadores Edcarlos Santos e Myrella Soares questionam condutas da diretora de saúde, Irene Chagas, com servidores públicos
Requerimentos dos vereadores Edcarlos Santos e Myrella Soares questionam condutas da diretora de saúde, Irene Chagas, com servidores públicos

Dois requerimentos dos vereadores Edcarlos Santos (PSDB) e Myrella Soares (União Brasil) entraram na pauta da última sessão ordinária da Câmara Municipal de Bariri, realizada segunda-feira (03). Ambos os textos questionam a conduta da diretora de saúde, Irene Chagas, em relação a servidores públicos da pasta comandada por ela. Os requerimentos pedem informações dos atos da diretora e esclarecimentos acerca de um fato ocorrido na Farmácia Central. 
O requerimento da vereadora Myrella aborda reclamações de servidores da pasta da Saúde que, recentemente, foram transferidos de seus locais de trabalho, sem justificativa prévia ou motivação. Em alguns casos, o comunicado de transferência foi feito por servidores que não possuem atribuição de chefia. 
“Esse requerimento se faz de atitudes, ao meu ver, um pouco exageradas por parte da diretoria de saúde, que no momento em que se é exposto algum problema de sua pasta, ela quer culpabilizar e transferir a responsabilidade para os funcionários da prefeitura. Isso é inadmissível”, disse a vereadora, durante a discussão. 
A nobre pede que o Executivo, através da referida diretoria, informe quantos servidores foram transferidos ou realocados, os critérios adotados para tais atos, quem realizou o pedido das transferências e que ainda forneça cópia da transferência por escrito, assinadas e carimbadas pelo responsável. 
“Na minha transferência não consta em momento nenhum, alguma motivação, algum crime, alguma coisa real, consta que foram alterações administrativas. Então você coloca uma administrativa à disposição dizendo que você não precisa e depois você joga nas costas dessa Câmara que só não tem um melhor atendimento porque a Câmara não aprova logo os cargos que ela está precisando. É no mínimo incoerente. E o que foi feito, de jogar a culpa nas costas do estagiário, e falar que está fazendo, resolvendo, só para limpar a barra do prefeito e a barra dela é a coisa mais ridícula de se ver. Eu gostaria que esse requerimento fosse respondido, para que não existam mais perseguições e não seja mais culpabilizado quem, na real dos fatos, é a vítima da história”, desabafou. 
Em sua fala, a vereadora se refere a uma entrevista da diretora de saúde dada a Clube FM, no dia 22 de junho, onde expôs o caso de um pai que foi até a Farmácia Central pegar medicamento para seu filho de três anos, que tem problemas respiratórios, mas, segundo Irene Chagas o servidor (a) que fez o atendimento teria dito que não havia o remédio disponível, mesmo tendo. 
Por conta desse fato, o vereador Edcarlos fez requerimento, no qual pede que Irene Chagas informe quais procedimentos foram tomados, levando em conta a acusação que a mesma fez de que funcionários estariam se negando a entregar medicamentos aos munícipes. Segundo a justificativa do texto, a diretora proferiu ataques a equipe de saúde, fazendo sérias ameaças aos funcionários e acusando alguém. 
“Esse requerimento é para que a gente tenha informações sobre o que está sendo feito. Eu acompanhei a entrevista da diretora e bastante atento. Tem algumas coisas que eu preciso entender. Primeiro, foi falado que alguém da equipe se negou a entregar os medicamentos, só que na mesma entrevista ela fala que a receita era desloratadina, mas, elas levaram loratadina. Supondo que tenha um funcionário que de repente se negou a fazer isso. E os demais funcionários? Se na entrevista eu não informo quem foi, como foi e o que fez, todos os outros funcionários vão pagar?”, falou o vereador. 
Para Edcarlos, durante a entrevista faltou a diretora passar informações específicas, deixando os funcionários em uma situação delicada. 
“Para se proteger ela está jogando os funcionários na fogueira, isso não é legal. Eu preciso saber quem é e qual foi o procedimento adotado. Se é um estagiário vai ser grave. Porque estagiário não é para assumir esse tipo de responsabilidade; segundo, se o estagiário está lá, ele recebeu algum tipo de treinamento?”, questiona.