Apreensões de vinho e azeite ilegais crescem na região

Apreensões de vinho e azeite ilegais crescem na região

Levantamento da Polícia Militar Rodoviária (PMR) aponta para um aumento nas apreensões de vinho e azeite nas rodovias do Estado de São Paulo em 2024. Em Guarantã, por exemplo, policiais flagraram um ônibus transportando 2.300 litros de azeite, 3.744 garrafas de vinho e 384 latas de cerveja importada sem nota fiscal em fevereiro do ano passado.
O caso não é isolado. Uma outra fiscalização, em julho, encontrou um carro levando 300 garrafas de vinho irregular em Jaú. Em setembro, o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal de São Paulo (Sipov-SP) apreendeu 9.182 frascos de 500 ml e 240 embalagens de 5 litros, totalizando 5.795 litros de azeite de oliva de quatro marcas comerciais; eles foram encontrados em fiscalização de rotina em duas empresas distribuidoras, uma em Jaú e a outra em Itapuí. Em 30 de dezembro, agentes da corporação localizaram 600 garrafas da bebida em veículo que passava por Pongaí.
De acordo com o 1.º tenente Rodrigo Hydeo Sayki, é possível que o contrabando (itens ilegais importados ou exportados) e o descaminho (itens legais importados ou exportados sem pagar os impostos devidos) desses itens tenham crescido pois oferecem maior facilidade na hora do transporte. O cigarro paraguaio, por exemplo, obriga os criminosos a transportarem uma grande quantidade da mercadoria, visto que o lucro é baixo por pacote.
No caso do azeite e do vinho, apesar de as garrafas e galões ocuparem mais espaço, uma quantidade menor de produtos garante vantagem sobre a margem de lucro.
Sayki alerta que os crimes podem levar à prisão: contrabando prevê pena de 2 a 5 anos e descaminho, de 1 a 4 anos. Itens apreendidos passam por perícia, e responsáveis podem ser acusados também de falsificação.
O tenente relembra que os consumidores podem acessar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e consultar a marca do produto que estão adquirindo. O portal informa se as mercadorias são aprovadas e se o comércio dos itens têm restrições.
A "popularização" desses produtos ilegais preocupa a polícia, que ressalta os malefícios para a saúde que os itens podem trazer, além do perigo de envenenamento.

Fonte: JC NET