Baririense expõe condições precárias do Velório Municipal e questiona autoridades: “algum dos nobres está disposto a passar a noite aqui com a gente?”

Baririense expõe condições precárias do Velório Municipal e questiona autoridades: “algum dos nobres está disposto a passar a noite aqui com a gente?”

“Fica aqui minha indignação sobre o estado que se encontra o Velório Municipal de Bariri. De quem é a responsabilidade? É do município? Algum dos nobres está disposto a passar a noite aqui com a gente? Fica a indignação. Será que se algum de vocês precisar usar para os familiares de vocês passarem a noite, vocês vão gostar de se deparar com isso? Acho que não.” – Cidadã baririense via Facebook

Um momento de luto e pesar se misturou ao sentimento de revolta para uma moradora de Bariri. Ao utilizar o espaço do Velório Municipal na noite do último domingo (24), a munícipe se assustou com as instalações precárias e foi às redes sociais para manifestar publicamente sua indignação, além de cobrar as autoridades do município.
Através de uma série de fotos e vídeos publicados, a denunciante expôs inúmeros problemas de falta de manutenção no velório. O que mais chama a atenção é que as pendências são reparos relativamente simples de resolver, como lâmpadas queimadas. 

“Chegamos para fazer o velório do pai de uma amiga e nos deparamos com uma situação lamentável. No banheiro feminino são duas portas, uma a que tem o vaso sanitário, não tinha lâmpada. Na outra porta que tem chuveiro, o chuveiro não tem registro, a luz está com mal contato (tudo indica que está em curto circuito). A porta está deteriorada, tampa do vaso sanitário no chão num estado bem deplorável. O velório não é digno de uma família passar, velando o corpo de um ente querido. As mulheres têm que fazer xixi com a porta aberta, porque não tem lâmpada”, disse a denunciante a em relato enviado à nossa reportagem.


Nos vídeos, ela questiona de quem é a responsabilidade sobre o velório. “Isso não está certo. Não sei de quem é a responsabilidade, mas deveriam priorizar esse espaço que é usado num momento de dor das famílias, pelo menos oferecer um banheiro digno. Na cozinha, tem um fogareiro com duas bocas. Uma das bocas não tem o queimador; solta fogo de um jeito perigoso sem ter a chapinha em cima. O estado do bebedouro está terrível, a lâmpada do lado de fora também está queimada. A sala que estava sendo velado o pai da minha amiga ainda está menos pior que a sala ao lado, que não estava sendo utilizada. Essa outra sala está com os assentos todos rasgados. Está num estado que me perguntei como chegou nesse ponto”.
Os problemas não acabam apenas no velório. Segunda-feira (25), dia do sepultamento do falecido, a munícipe também mostrou a situação da Necrópole Municipal. Ela questiona vários recipientes com água parada espalhados pelo cemitério, chamando a atenção para o fato de serem possíveis criadouros para o mosquito da dengue.

“No dia seguinte, na hora do enterro, vimos os tambores de água do cemitério todos verdes. Tanto o velório quanto o cemitério estão completamente abandonados. Depois não adianta ir na rádio falar pra população tomar cuidado com a dengue”, finaliza.

 

Velório e Cemitério estão sob responsabilidade da Diretoria de Obras

Conforme informa o site oficial da Prefeitura Municipal de Bariri na opção “unidades administrativas”, tanto o velório quanto a Necrópole são repartições associadas à Diretoria de Obras, que tem como diretor o engenheiro civil Guilherme Ticianelli Migliorini.
Nossa reportagem entrou em contato com o diretor via e-mail questionando sobre a situação do Velório municipal, mas não recebemos retorno até o fechamento desta edição.