Gaeco recebe denúncia de vereadores de Bauru contra suposto hacker contratado por cunhado da prefeita para espionar desafetos políticos; Suéllen nega acusações

Gaeco recebe denúncia de vereadores de Bauru contra suposto hacker contratado por cunhado da prefeita para espionar desafetos políticos; Suéllen nega acusações
Gaeco recebe denúncia de vereadores de Bauru contra suposto hacker contratado por cunhado da prefeita para espionar desafetos políticos; Suéllen nega acusações

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) recebeu nesta segunda-feira (30) uma representação assinada por 12 vereadores de Bauru que pedem investigação contra um hacker, supostamente contratado pela equipe da prefeita Suéllen Rosim, para espionar adversários políticos. Protocolado na última semana, pela Comissão de Fiscalização e Justiça do Legislativo, o Ministério Público informou que o manifesto já foi distribuído aos promotores, que irão definir se abrem investigação ou não sobre o caso.
Segundo a denúncia, a contratação do hacker teria sido articulada por Walmir Henrique Vitorelli Braga, então assessor do deputado estadual Paulo Corrêa Júnior e cunhado da prefeita de Bauru. Em 2021, Walmir teria solicitado que o hacker invadisse as as redes sociais de políticos e adversários.  Dentre as possíveis vítimas dos ataques cibernéticos, estão o jornalista Nelson Itaberá e a vereadora de Bauru Estela Almagro.
O hacker em questão é Patrick César da Silva Brito, preso pela Interpol na Sérvia. Ele passou a ser investigado depois que o e-mail de Dilador Borges (PSDB), prefeito de Araçatuba-SP, foi invadido, em dezembro de 2020. O caso está sendo investigado em segredo de justiça.
O manifesto dos vereadores alega existir fortes evidências de que “o parlamento municipal está sob ataque”.  O texto continua justificando que: "os episódios apresentados ultrapassam a relação de antagonismo ideológico inerente à prática republicana do convívio político, emergindo em ações que incidem em tipificação penal por ultrapassar a razoabilidade disposta à urbanidade, fato que impõe apuração ao rigor da lei”.
Em nota, a vereadora Estela Almagro disse que a denúncia "denota latente afronta ao estado democrático de direito e exige apuração no rigor da lei."
O jornalista Nelson Itaberá afirmou que o caso "é um ataque não apenas à pessoa dele, mas à sociedade de modo geral e especialmente à imprensa."
Também em nota, a prefeita Suéllen Rosim disse que nunca se envolveu em atos de espionagem e que medidas judiciais serão adotadas diante de qualquer insinuação que a ligue a esses fatos. 
Já o advogado do hacker disse que não pode dar detalhes do processo porque o inquérito está em segredo de Justiça. 

 

Suspeito é exonerado na Alesp

Walmir Henrique Vitorelli Braga foi exonerado do cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A decisão, assinada pela Mesa Diretora do parlamento, foi publicada nesta terça-feira (31), no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
Como assistente especial parlamentar do deputado estadual Paulo Corrêa Júnior (PSD), o salário do cunhado da prefeita Suéllen somava pouco mais de R$ 14 mil. 

 

Vereadora registra B.O por invasão de computador

Também terça-feira (31), a vereadora Estela Almagro registrou boletim de ocorrência para denunciar uma suposta invasão ao computador do seu gabinete na Câmara Municipal.
Segundo a parlamentar, ao ligar a máquina na manhã de terça-feira, a foto de um homem aparecia como 'papel de parede', na área de trabalho. A imagem em questão é de Walmir Henrique Vitorelli Braga. Peritos da Polícia Civil estiveram no gabinete dela e levaram o computador para análise.