Inclusão social: comediante baririense insere intérprete de Libras e facilita acesso de deficientes auditivos em suas apresentações de stand-up comedy

Inclusão social: comediante baririense insere intérprete de Libras e facilita acesso de deficientes auditivos em suas apresentações de stand-up comedy
Inclusão social: comediante baririense insere intérprete de Libras e facilita acesso de deficientes auditivos em suas apresentações de stand-up comedy
Inclusão social: comediante baririense insere intérprete de Libras e facilita acesso de deficientes auditivos em suas apresentações de stand-up comedy
Inclusão social: comediante baririense insere intérprete de Libras e facilita acesso de deficientes auditivos em suas apresentações de stand-up comedy

Como diz o velho ditado popular “rir é o melhor remédio”. Com base nesta premissa, o comediante Abner Simão, 35 anos, desenvolve seu trabalho no mundo do humor. Baririense de coração, Abner mora atualmente em Vila Velha, município localizado no litoral do Espírito Santo, onde realiza apresentações de stand-up comedy (termo que designa um espetáculo de humor executado por apenas um comediante, que se apresenta geralmente em pé). 
Seus shows, que já são um sucesso entre o público, ficaram ainda mais populares: o trabalho de Abner também pode ser apreciado por pessoas com deficiência auditiva – isso porque o comediante incluiu um intérprete de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) em suas performances.
À nossa reportagem, Abner contou que morou em Bariri dos 11 aos 30 anos de idade. Com formação técnica em Construção Naval, ele iniciou carreira no mundo da comédia por uma feliz coincidência do destino. 
“Morei em diversos lugares pelo Brasil até me mudar para Vila Velha, onde tive a sorte de morar perto de um Comedy Ba. Tornei-me um assíduo frequentador, conheci todos os comediantes locais e tive o prazer de assistir a alguns que já admirava, como o Diogo Portugal. Após frequentar por um tempo, o Johnny, dono do Comedy Bar, me convidou para uma apresentação no Open Mic, uma noite aberta para quem quer começar a se apresentar. Desde a minha primeira vez no palco em julho do ano passado, me apaixonei pela experiência. Estudei bastante ao longo deste ano, a ponto de ser convidado para ser um dos dois comediantes fixos do Joker Comedy Bar, o único Comedy Bar do estado do Espírito Santo. Estou muito feliz com meu progresso e ansioso por mais oportunidades no mundo do stand-up comedy”, destaca Abner.
Para ele o maior desafio da profissão é, justamente, fazer a plateia rir, processo que o comediante domina através de técnicas de humor, tanto na escrita textual (do roteiro das apresentações), quanto em improvisos no ao vivo. A iniciativa de incluir um intérprete de Libras em suas apresentações amplia ainda mais o público fiel de Abner. 
“Sempre tive amigos com deficiência auditiva. Certo dia, ao assistir vídeos aleatórios na internet, vi um vídeo com um intérprete de Libras. Pensei: por que não ter um intérprete no meu próprio show? Decidi então procurar alguém que compartilhasse dessa ideia e, com muito prazer, conseguimos tornar nosso show mais inclusivo. Depois de ter essa ideia, busquei saber se outros comediantes já adotavam essa prática e descobri que alguns já o fazem”, completa.
Para arrancar risos da plateia, Abner é inspirado por suas próprias experiências de vida. De descendência árabe, ele acaba utilizando os estereótipos para fazer piadas. O público alvo do artista é, em sua maioria, pessoas acima de 25 anos, que se identificam com o tipo de humor. No entanto, ele reforça que o show é aberto para todas as idades.
“Sempre há crianças presentes nos meus shows. Tanto eu quanto os comediantes que abrem meus shows não falamos palavrões e adotamos um vocabulário que torna o humor adequado para toda a família. Adoro brincar com minha aparência árabe e minha criação como filho de um pastor”.
Para saber mais sobre o trabalho de Abner, basta segui-lo no perfil do Instagram @abnersoueu. Ele tem planos para, em breve, exibir suas apresentações em outras plataformas online a partir de julho. 
“Nós enfrentamos tantas dores, preocupações e angústias no dia a dia, e o humor se torna um refúgio desses desafios. Sentir-me responsável por proporcionar risos, diversão e felicidade momentânea às pessoas pode parecer egoísta da minha parte, mas isso também me traz um bem-estar pessoal que vai muito além de qualquer impacto que eu possa causar nos outros”, finaliza o comediante.