Moradores do Residencial Gilberto Griso sofrem com excesso de terra e poeira causado por obra da empresa Frei Comércio em Jaú

Moradores do Residencial Gilberto Griso sofrem com excesso de terra  e poeira causado por obra da  empresa Frei Comércio em Jaú

Residencial Gilberto Griso, em Jaú, estão vivenciando um verdadeiro transtorno ao chegarem em casa e encontrarem tudo tomado por uma espessa camada de terra. O problema acontece devido a uma obra da empresa Frei Comércio de Imóveis Ltda., dos empresários Antônio Ailton Caseiro e Newton Fraschetti. Segundo relato dos moradores, caminhões da empresa que trabalham em um loteamento ao lado do residencial espalham terra e poeira por toda a área. 
O assunto chegou à imprensa por meio do repórter Wando Alves, da página Jaú Pra Todos, que esteve no local acompanhado pelos secretários Norberto Leonelli Neto (Habitação e Planejamento Urbanístico) e Márcio de Almeida (Mobilidade Urbana). 
“As obras do loteamento da Frei Comércio estão ocasionando uma quantidade de poeira enorme dentro do condomínio. As casas estão ficando imundas; os animais todos sujos com problemas de alergia, irritação; crianças pequenas tendo problemas de rinite; recém-nascidos tendo problemas de alergia. Tudo por causa da poeira que os caminhões dessa empresa acabam jogando para dentro do condomínio ao passar por aqui, sem tomar nenhuma atitude mínima de pelo menos molhar o terreno para tentar amenizar”, relatou o síndico do condomínio em entrevista à página Jaú Pra Todos. 
Segundo ele, os moradores tentaram contato direto com a empresa, mas foram tratados com hostilidade. Sem solução, fizeram um abaixo-assinado, que foi encaminhado à Prefeitura Municipal de Jaú.  
“Tentamos contato com a imobiliária de um dos proprietários do empreendimento e a resposta que nós tivemos lá é que “cada ação tem uma reação”. Então, estamos mostrando nossa reação para eles: procurar as autoridades públicas, procurar a imprensa e mostrar que estamos sofrendo esse problema e eles não respeitam, não conseguem um caminhão-pipa para molhar aqui. Com o dinheiro que esse senhor tem, ele consegue resolver, mas parece que ele não quer resolver e ainda coloca uma pessoa totalmente sem educação pra atender a gente. Vários moradores ligaram e simplesmente ele esnobou a gente, tratou com desprezo”, desabafa o morador.
Diante do imbróglio, a Secretaria de Habitação e Planejamento Urbanístico tomou a atitude de suspender temporariamente a obra. Ainda de acordo com a pasta, outros empreendimentos imobiliários do mesmo grupo empresarial também foram recentemente suspensos por irregularidades, como Altos da Cidade, Jardim Botânico 1 e 2 e Residencial Flora. 
“A prefeitura, dentro das premissas que o governo Ivan Cassaro nos trouxe, que é cumprir a lei, vai trazer o mínimo de respaldo para os moradores: a suspenção temporária. Nós estamos suspendendo para evitar maiores danos à população. É a supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Essa poeira se torna insustentável para quem mora aqui, pois já estamos num período de seca, onde há o agravamento das doenças respiratórias. A prefeitura, preventivamente, com base na lei, suspendeu a obra. Estamos notificando todas as empresas para que apresentem um plano de trabalho. Não podemos deixar o prejuízo para os moradores”, destacou o secretário Norberto Leonelli Neto.