Ministério Público vai apurar possível crime de desobediência e falsidade ideológica cometido pela Diretoria de Educação

Ministério Público vai apurar possível crime de desobediência e falsidade ideológica cometido pela Diretoria de Educação

A Promotoria de Justiça de Bariri pretende apurar uma suposta tentativa de burlar o Ministério Público com apresentação de documentos falsos cometida pela Prefeitura Municipal de Bariri, através da Diretoria de Educação.

Conforme certificado pela oficial de promotoria Mayra Fernanda Arroyo, terça-feira (27), a escola particular Mini Mundo havia ofertado 60 vagas em creches para o município de Bariri. No entanto, a Diretoria Municipal de Educação recusou a oferta alegando que o Poder Público não teria como arcar com todas as despesas dos alunos da rede municipal que seriam matriculados na unidade particular de ensino. Devido ao desinteresse do Executivo, a escola Mini Mundo alugou seu prédio.

Ainda segundo o Ministério Público, posteriormente, a diretora de Educação, Stefani Borges, teria entrado novamente em contato com a escola Mini Mundo. Neste segundo contato, a unidade particular indicou que conseguiria disponibilizar 30 vagas para a prefeitura. No entanto, Stefani teria pedido que a escola emitisse um documento declarando que não havia vagas disponíveis – fato inverídico. A manobra foi relatada pela própria diretora da Mini Mundo à promotora de Justiça Gabriela Silva Gonçalves Salvador.

“Por incrível que pareça a ousadia do diretora de Educação, a senhora Stefani Edvirgem da Silva Borges fez contato com a responsável pela escola particular indicada e pediu um documento declarando que não haveria vagas e, mesmo com a nova informação de que conseguiram outras 30 vagas (além das já perdidas anteriormente), a senhora Stefani solicitou que, mesmo assim, fizesse uma declaração dizendo que não haveria vagas. (...) Com sua conduta, a diretora de Educação, além de ter cometido crime de falsidade ideológica em sua forma tentada (...), demonstrou nítida má-fé do Poder Executivo e manobras para fins de ludibriar o Ministério Público e Poder Judiciário”, finaliza o documento.