Oposição firmada? Ricardo, Daniel, Aline, Roni e Laudenir emitem nota e Myrella lamenta falta de apoio da mesa diretora da Câmara
“A Câmara Municipal, através do presidente (Ricardo Prearo) e dos vereadores Daniel Madureira, Aline Prearo, Roni Romão e Laudenir Leonel vem a público manifestar sua preocupação diante dos eventos noticiados no início deste mandato, especialmente no que se refere à situação dos funcionários públicos. Temos recebido relatos alarmantes de servidores que dizem sentir-se perseguidos, submetidos a pressões inadequadas e alguns ridicularizados, sendo transferidos com piadas e brincadeiras que ferem e humilham. Um episódio recente envolvendo uma altercação física entre duas funcionárias públicas é particularmente preocupante. Entendemos que mudanças fazem parte do processo político, mas tudo precisa ser feito com cautela, pois diversos serviços precisam ter continuidade, ressaltamos que o uso do cargo público para perseguir adversários políticos é inaceitável e vai contra os princípios democráticos e a ética administrativa. Reiteramos nosso compromisso com a proteção dos direitos de todos os funcionários públicos e colocamo-nos à disposição para ouvir e apoiar aqueles que, eventualmente, se sintam prejudicados. A Câmara Municipal dispõe de instrumentos legais e administrativos para fiscalizar e atuar em situações que ferem a integridade dos servidores e o bom funcionamento do serviço público.” – Nota emitida pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Bariri, em 03 de janeiro de 2025.
O pronunciamento acima, assinado pelos cinco vereadores que compõe a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Bariri, causou diversas linhas de análise nos bastidores da política baririense e gerou questionamentos: estariam Ricardo, Daniel, Aline, Laudenir e Roni se firmando como a base de oposição ao governo municipal?
Fato é que nenhum dos cinco vereadores fez parte do grupo político de Airton Pegoraro e Paulo Kezo. Daniel, Aline, Laudenir e Roni compuseram a chapa encabeçada por Edcarlos Santos, enquanto Ricardo Prearo esteve com o grupo de Neto Leoni nas Eleições 2024.
O fato do pronunciamento da mesa diretora não manifestar nenhuma palavra de solidariedade à Myrella Soares, que divide a função Legislativa com os cinco vereadores, não passou despercebido e gerou especulações.
Lembrando que Valentina da Ambulância também foi candidata a vereadora pela chapa de Edcarlos Santos, Myrella lamentou a falta de apoio dos colegas.
“Achei a nota tendenciosa e desnecessária. Nenhum dos envolvidos na nota sequer me procurou para saber o ocorrido. Como a agressora é suplente do grupo deles, parece que tentaram reverter a situação jogando a culpa do ocorrido à pressão que os servidores estão passando. Se fosse a outra vereadora a agredida eles estariam espumando, pedindo Justiça e o rigor da lei. Eu, inclusive, seria a primeira a estender a mão, enquanto mulher e parlamentar. Nessas horas, não era para existir grupos políticos; eu estava passando por uma situação de extremo constrangimento e dor. Como humana que sou, deveria ao menos receber solidariedade da Casa do Povo, mas acharam mais interessante politicamente falando, criar uma narrativa para atacar o Executivo, que saiu pela culatra, pois a maioria da população não viu com bons olhos essa manobra. Tenho fé que os nobres não se deixem influenciar negativamente por pessoas que tem projeto de vida pessoal, e querem usá-los para esse fim, esquecendo a cidade. A população está de olho e nós também”, alertou Myrella.
Com exceção dos cinco vereadores acima citados, Myrella recebeu inúmeras mensagens de apoio da população baririense, que se solidarizou diante do ocorrido. Segundo ela, Leandro Gonzalez (Avante), Gilson de Souza Carvalho (PSB) e Rubens Pereira dos Santos (PSD), foram os únicos vereadores que prestaram apoio.
“Aproveito para agradecer aos nobres pelo apoio e respeito que tiveram comigo. Aliás me disseram que alguém cobrou respeito de ambas as partes, algo assim. Queria apenas entender: qual foi o desrespeito de minha parte que justificaria tal agressão? E em qual momento a pessoa ouviu a minha parte da história? Acredito que só após isso poderiam parafrasear sobre o respeito que é colocando em prática, me respeitando tanto quanto. Sou uma vereadora que luta contra a violência seja qual for, como Procuradora Especial da Mulher, atuando junto ao Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, das Promotoras legais, criando a Lei da Não Violência. Enfim, sentir na carne o peso do ódio de outra pessoa é uma experiência horrível. Não revidei porque o ódio era dela e não meu. A maturidade me trouxe o equilíbrio e o controle, mas acredito que medidas para aumentar a segurança nas unidades administrativas devam ser pensadas urgentemente, pois poderia ter acontecido o pior. Agradeço imensamente aos amigos, eleitores, familiares e toda a população que solidarizou, rezou e se preocupou comigo, logo menos estarei de volta às minhas atividades, e vamos juntos escrever um capítulo novo, virar a página e seguir em frente”, finaliza.
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