Prefeitura de Bariri barra 3ª edição da Feira Gastronômica
Bariri entrou no mapa do turismo regional nos dias 14 e 15 de novembro de 2021, data da primeira edição da Feira Gastronômica Sabor da Região. O projeto idealizado pela empresária e influenciadora digital Carolina Bicudo transformou a Praça da Matriz com uma decoração mágica: foram utilizados 450 guarda-chuvas suspensos coloridos que pairaram sobre os stands dos 45 expositores. Algo nunca visto antes no município.
A novidade foi um grande sucesso; gerou 200 empregos indiretos e movimentou a economia baririense, atraindo aproximadamente 12 mil visitantes de toda a região.
Carol Bicudo não parou por aí. Quatro meses depois, a influenciadora idealizou a segunda edição da Feira Gastronômica, que recebeu o título de “Buona Cucina”, por ser dedicada à culinária italiana.
Desta vez, o turismo cresceu ainda mais: foram 15 mil visitantes da região que vieram até Bariri se deliciar com as opções gastronômicas enquanto curtiram um belíssimo show do músico Ricardo Bombarda, que apresentou um repertório de canções clássicas italianas. Além dos guarda-chuvas suspensos, a Praça da Matriz foi decorada com três quilômetros de bandeirolas com as cores da Itália.
Embora a grande movimentação turística, a geração de empregos e a decoração inovadora serem fatores positivos, não foi o suficiente para a Prefeitura Municipal de Bariri apoiar a terceira edição da feira, que seria realizada no próximo mês.
Na última semana, Carol Bicudo utilizou o Instagram @dicasdebariri para desabafar e expor o ultimato do Poder Público, que barrou a nova edição do evento para a frustração dos baririenses, com a justificativa de que o formato da festa “não estaria dentro da lei”. A negativa do Executivo veio depois de dois meses de negociação com a idealizadora.
“Eles acham que não dá para fomentar o pequeno expositor, não dá para fomentar a cidade, não dá para trazer 12 mil pessoas para a praça... Os dois eventos foram feitos com patrocínios de comerciantes que eu corri muito atrás, junto com o valor cobrado do expositor para montar a estrutura mais minha empresa de São Paulo (que também patrocinou), mais um apoio mínimo da prefeitura. Tudo para eu provar que isso dá certo e ajuda o pequeno empreendedor e a cidade. Só que não dá para fazer um evento desse porte pedindo ajuda o tempo todo, sendo que o maior beneficiado é a visibilidade positiva da cidade”, disse Carol em entrevista à nossa reportagem.
Ela sugeriu que a prefeitura de Bariri custeasse somente a montagem e a administração do evento. Gastos como a música ao vivo seriam financiados pelos próprios expositores.
Segundo a empresária, recentemente houve um evento em Ibitinga que também utilizou a decoração de guarda-chuvas coloridos. Na Capital Nacional do Bordado, a prefeitura investiu o valor de R$ 60 mil somente para a decoração, sem contar os custos de montagem.
“Eu pedi R$ 17 mil e mesmo assim avisei que, para montar tudo, precisamos ratear mais o valor que eu cobraria de taxa para o expositor. A prefeitura de Bariri ficaria com a montagem e, se os expositores quisessem ter música, pagariam uma taxa. Óbvio que os expositores não iriam se opor porque ganham muito em vendas e em visibilidade. Eu tentei. Estava conversando com a prefeitura faz mais de dois meses. Depois, abri um pedido formal, ficou parado, e a Infraestrutura entendeu que isso não é viável, que é contra a lei. O que eu fico mais chateada, não é de recusar; eu perco projetos direto e está tudo bem. Mas a enrolação, o descaso deles é desrespeitar o meu nome e o meu trabalho – não só o meu, como o de muitos expositores que são pequenos empreendedores e esperam essas oportunidades. Eles me enrolaram tanto em dois meses e agora tenho só um mês pra montar uma festa”, finalizou Carol.
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