Sindicato oficia governo Fernando Foloni por falta de pagamento do fundo de garantia dos servidores, além de solicitar aumento no índice de insalubridade de várias categorias
Nesta terça-feira (28), o Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bariri, Gilson de Souza Carvalho, protocolou cinco ofícios endereçados ao prefeito Fernando Foloni (MDB). O órgão questiona o chefe do Executivo baririense sobre benefícios trabalhistas não pagos, além de pedir a revisão percentual de alguns direitos trabalhistas.
Os requerimentos incluem apontamentos sobre os seguintes benefícios: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); insalubridade da enfermagem; insalubridades das Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs); insalubridade dos Agentes de Manutenção e Construção; e diferença salarial de uma categoria específica de servidores.
No caso do FGTS, o Sindicato alega que “foi procurado por servidores” que informaram ao órgão a não realização do pagamento, fator que afeta principalmente servidores aposentados, uma vez que o benefício parou de cair na conta dos beneficiados.
Em relação aos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, o sindicato pede a revisão do adicional de insalubridade de 20% para o grau máximo de 40%, alegando que a categoria “trabalha em locais de grande risco para a saúde”, além de realizarem atendimentos e manusearem medicamentos que causam “baixa imunidade”, finalizando ao afirmar que, por esses motivos, a categoria acaba tendo gastos pessoais acima da média com médicos e remédios.
Gilson também protocolou o pedido de revisão do adicional de insalubridade de 20% para o grau máximo de 40% das Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADIs), justificando que as profissionais ligadas à Diretoria de Educação trabalham em locais muito quentes, como salas apertadas pela quantidade de crianças. O Sindicato sustenta que as ADIs se expõem ao exercerem funções como higienização das salas de aula, além de cuidarem e zelarem por crianças e bebês , realizando troca de fraudas de xixi e fezes. “Somando todos esses agravantes e o estresse emocional, as servidoras sempre estão com baixa imunidade, causando grande quantidade de atestados e, principalmente, gastos com médicos e remédios”.
À nossa reportagem, Gilson explicou que a perita da empresa contratada pela Prefeitura deu parecer favorável ao aumento de insalubridade. No entanto, mesmo assim, o Executivo se recusa a pagar, dizendo haver divergências.
O órgão ainda pede que o prefeito reajuste a insalubridade dos Agentes de Manutenção e Construção, dizendo que tais servidores “trabalham em locais muito quentes, fazem limpeza de bueiros, trabalham no cemitério e locais que causam a baixa imunidade”. Gilson também disse que o pedido foi jugado procedente pela Perícia. Segundo o presidente, a expectativa é que o aumento na insalubridade da categoria venha a partir do próximo holerite.
Por fim, o Sindicato requer a Fernando Foloni o pagamento da diferença salarial para servidores que recebem só R$ 4,00 acima do mínimo, salientando que tal condição ficou acordada na última assembleia de dissídio coletivo realizada entre Sindicato e administração.
“Só estamos solicitando que a prefeitura cumpra o que ficou acordado no dissídio. Até agora essa diferença não foi paga. A prefeitura está pulando para trás e vamos continuar cobrando até que seja pago”, encerra Gilson de Souza Carvalho.
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