Escola Rosa Benatti continua sem adequação seis meses após apontamentos do Tribunal de Contas

O vereador Edcarlos dos Santos (PSDB) protocolou requerimento questionando o Executivo e a Diretoria de Educação sobre as condições da Escola Municipal Professora Rosa Benatti. Em novembro de 2021, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) realizou fiscalização surpresa e apontou inúmeras irregularidades na unidade escolar. 
Na oportunidade, fiscais encontraram vários problemas estruturais no prédio e nos banheiros, como portas danificadas e com umidade que eliminam a privacidade do aluno. O apontamento mais grave foi o ambiente insalubre na quadra esportiva onde os alunos praticam atividades físicas; o espaço está tomado por fezes de pombos. Dentro de um freezer localizado no pátio da escola, a fiscalização encontrou armazenamento irregular de frascos de produtos de limpeza.  Há dois meses, a escola recebeu uma nova inspeção do TCE.
“Após detectar situações preocupantes na escola em novembro de 2021, o TCE realizou em 29 de abril uma nova fiscalização surpresa para vistoriar se foram feitas adequações e correção de falhas apontadas na inspeção anterior. Infelizmente, as coisas não estavam adequadas”, diz o requerimento. 
Ainda segundo o texto, o diretor da Escola Rosa Benatti, Lauriberto de Jesus Bertoni, encaminhou ofício à Câmara Municipal de Bariri no dia 02 de maio para ratificar as informações. 
“Visitamos as escolas antes do TCE e até avisamos antes. Depois, o tribunal veio em novembro e apontou as irregularidades. Em abril voltou e continuava com as mesmas irregularidades. No dia 02, recebemos um ofício do diretor da escola dizendo que estava tudo do mesmo jeito. Tenho recebido muitas denúncias da escola em todos os níveis, não só da questão física. A escola Rosa é a maior do município, mais de 500 alunos. Uma escola tradicional, com as condições péssimas. É uma escola na periferia; o pobre sempre se lasca”, completou Edcarlos na deliberação do requerimento.
Airton Pegoraro (MDB) comparou a realidade da Rosa Benatti com a Emef Joseane Bianco. Para o parlamentar, as escolas municipais (que ficam localizadas em áreas próximas uma da outra) são extremamente diferentes na questão estrutural. “Uma praticamente perfeita; outra em estado totalmente precário”, disse.
O presidente da Câmara, Benedito Antônio Franchini (PTB), lembrou que o Legislativo solicitou a presença da diretora de Educação, Stefani Borges, que utilizou a tribuna na sessão do dia 16 de novembro de 2021, para prestar esclarecimentos logo após a primeira fiscalização surpresa do TCE. Ditinho não descartou a possibilidade de convocar Stefani novamente para explicar a situação e informar quais procedimentos serão tomados para adequar a situação da escola. 
Para Myrella Soares (DEM), existe falta de comunicação entre a direção da Rosa Benatti e a Diretoria Municipal de Educação. A vereadora também citou o exemplo positivo da Escola Joseane Bianco, em relação à conservação estrutural da unidade escolar situada na mesma área geográfica.
“O que falta é a Diretoria de Educação estar mais próxima de suas escolas e diretores, cobrar o mesmo nível de qualidade. A Joseane Bianco é um exemplo de que, mesmo estando em um bairro periférico, é sim possível ter uma estrutura boa e de qualidade. Mas, na Rosa Benatti, me parece que há um distanciamento entre a direção da escola e a Diretoria de Educação. Em algum lugar está se perdendo esse fio da meada”, refletiu Myrella.